Estrategia empresarial durante el período de pandemia como desarrollo de la economía local
Cláudio Luiz Chiusoli
Docente do curso de administração. Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO)
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7844-3632
e-mail: prof.claudio.unicentro@gmail.com
Angela Cheremeta
Discente do curso de administração. Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO)
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0467-9351
e-mail: angelacheremeta538@gmail.com
Emerson Daniel de Almeida
Discente do curso de administração. Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO)
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5757-0846
e-mail: almeidaemerson199@gmail.com
Este trabajo tiene como objetivo analizar las estrategias utilizadas por el gerente en su negocio durante el periodo pospandemia. Como marco teórico, el estudio pasa a discutir el emprendimiento y la gestión de políticas públicas. En la metodología se entrevistó a 50 empresarios, utilizando un muestreo no probabilístico por conveniencia. Los resultados obtenidos indican, en una escala de acuerdo/desacuerdo, validada con alfa de Cronbach de 0,712, que el 39% está de acuerdo en que la ciudad ha ganado más fuerza con el emprendimiento local; el 30% empezó a recurrir a consultores; el 28% está de acuerdo en que ser emprendedor se ha convertido en su principal ingreso; y el 27% menciona que las políticas públicas del municipio ayudaron en nuevos emprendimientos. Por otro lado, el 23% señala que, debido a algunas implicaciones durante la pandemia, la empresa tuvo que realizar algunos despidos; 18% mencionó que la empresa casi cierra; y solo el 9% estuvo de acuerdo en que hubo un incentivo por parte del gestor público para eximir de impuestos. Como aporte, cabe señalar que en tiempos de crisis, como es el caso de la salud, se debe contar con el apoyo de políticas públicas que animen a los empresarios a definir sus estrategias como empresa, tal medida ayudará en el desarrollo de la economía local, con generación de empleo e ingresos.
Palabras clave: Políticas Públicas; Emprendimiento; Economía local.
Business strategy during the post-pandemic period as development of the local economy
ABSTRACT
The abstract should have a single paragraph that does not exceed 250 words. It should follow the IMRYD format. It is a summary of the most important elements of your article, stating the justification and object of the research, the methodology used, the main results and the most outstanding conclusions. It will also be necessary to include between 5 and 8 keywords that define the topic covered This work aims to analyze the strategies used by the manager in his business during the post-pandemic moment. As a theoretical framework, the study goes on to discuss entrepreneurship and public policy management. In the methodology, 50 businessmen were interviewed, using a non-probabilistic convenience sample. The results achieved indicate, on an agree/disagree scale, validated with Cronbach's alpha at 0.712, that 39% agree that the city has gained more strength with local entrepreneurship; 30% started resorting to consultants; 28% agree that being an entrepreneur has become their main income; and 27% mention that the public policies of the municipality helped in new undertakings. On the other hand, 23% point out that, due to some implications during the pandemic, the company had to make some layoffs; 18% mentioned that the company almost closed down; and only 9% agreed that there was an incentive on the part of the public manager to exempt taxes. As a contribution, it is important that it exists in times of crisis, such as the case of health, that it has the help of public policies that encourage entrepreneurs to define their strategies as a business, and not just as a temporary source of income, as this will help in the development of the local economy, job and income generation.
Keywords: Public Policies; Entrepreneurship; Local Economy.
Estratégia empresarial durante o período pós pandemia como desenvolvimento da economia local
RESUMO
Esse trabalho tem como objetivo analisar as estratégias utilizadas do gestor em seu negócio durante o momento pós pandemia. Como referencial teórico, o estudo perpassa para discorrer sobre empreendedorismo e gestão de políticas públicas. Na metodologia, foram entrevistados 50 empresários, diante de uma amostra não probabilística por conveniência. Os resultados alcançados indicam, em uma escala de concordo/discordo, validada com alpha de cronbach em 0,712, que 39% concordam que a cidade ganhou mais força com o empreendedorismo local; 30% passaram a recorrer a consultorias; 28% concordam que ser empreendedor tornou-se sua renda principal; e 27% citam que as políticas públicas do município auxiliaram em novos empreendimentos. Por outro lado, 23% apontam que, devido algumas implicações durante a pandemia, a empresa teve que fazer algumas demissões; 18% citaram que a empresa quase encerrou as atividades; e apenas 9% concordaram que houve incentivo por parte do gestor público na isenção de impostos. Como contribuição, destaca-se que deve haver em momento de crise, como o caso da sanitária, auxílio de políticas públicas que incentivem o empresário a definir suas estratégias como negócio, tal medida ajudará no desenvolvimento da economia local, com geração de emprego e renda. .
Palavras-Chave: Políticas Públicas; Empreendedorismo; Economia Local.
INTRODUÇÃO
Quando se fala que o Brasil precisa de mais políticas públicas voltadas para incentivar o empreendedorismo – em especial em cidades pequenas, como é o caso da cidade do interior do Paraná escolhida para realizar a pesquisa –, parte-se do pressuposto de que com mais incentivo por parte do governo para essa prática, os indivíduos passem a olhar o empreendedorismo como uma opção de carreira, e não somente como uma fonte de renda temporária (Serra & Ferreira, 2015).
O conceito de empreendedorismo vem se difundindo e ganhando força, ainda mais após a pandemia da COVID-19, a qual afetou o mundo em 2020, levando muitos a perderam seus empregos e buscarem outra fonte de renda, por meio do empreendedorismo (Nassif, Corrêa & Rossetto, 2020).
Para tanto, o estudo sobre as políticas públicas referentes ao empreendedorismo se faz necessária, uma vez que quanto mais se discute sobre o tema, mais contribuições se traz para os empreendedores, pois sabe-se das dificuldades encontradas por eles frente a essa área devido às muitas questões para se resolver (Baggio & Baggio, 2014).
Embora não exista, atualmente, consenso sobre a definição de empreendedorismo, a maioria das conceituações traz noções comuns, tais como, aquele que cria, que traz novidade, que organiza, gera riqueza e corre (Baron & Shane, 2007; Dornelas, 2012, Hisrich, Peters & Shepherd, 2009).
Outro fator relevante sobre o empreendedorismo é que enaltece economia local, como exemplo, o comércio do bairro e o desenvolvimento local, é de extrema importância; porém, foi preciso política da gestão pública que incentivaram essa prática ao longo da pandemia.
Estudos realizados em tempos de pandemia do Coronavírus apontaram impactos de ordem pessoal e profissional, com ênfase no campo financeiro e nas estratégias de divulgação de produtos e serviços (Gustmann de Castro et al. 2021).
Segundo o modelo de Lundströn e Stevenson (2005), as políticas públicas para o empreendedorismo são categorizadas segundo o seu foco, em seis categorias de políticas: políticas que visam promover a cultura empreendedora; políticas de desenvolvimento da educação empreendedora; políticas de redução das barreiras de entrada e saída; políticas de financiamento; políticas de suporte ao empreendedor; e políticas de suporte a grupos específicos.
Entretanto, o que já se sabe é que o ato de empreender é importante para a economia, pois pode movimentar o giro de dinheiro e, com isso, o poder aquisitivo das pessoas pode aumentar, levando em consideração que muitos “problemas” poderão ser evitados com a implantação de novas e melhores políticas públicas voltadas para os empreendimentos (Dornelas, 2012).
Diante do exposto, como problema de pesquisa, há alguns questionamentos, entre eles:
Como o gestor empreendedor a existência de políticas públicas que visavam o propósito de melhoria e incentivo do empreendedorismo durante a pandemia?
Quais são as estratégias empreendedoras dos pequenos empresários locais de uma pequena cidade orientados para o desenvolvimento da economia local?
O objetivo da pesquisa é analisar a opinião do gestor quanto as estratégias utilizadas em seu negócio durante o momento pós pandemia como forma de manter o desenvolvimento da economia local em uma cidade do interior do Paraná.
E como justificativa do estudo, com a situação da COVID-19 que, no seu auge, a depender do avanço da doença na respectiva área geográfica, fez com que os gestores públicos adotassem distintas medidas restritivas de direitos e liberdades públicas e fez com que algumas medidas, como políticas públicas aos empresários, fossem tomadas, por isso a importância de estudar as estratégias de empreendedorismo adotado (Alves, Ramos & Delduque 2020).
Da mesma forma, destaca-se ainda o papel conjunto dos governos e sua importância em iniciativas para minimizar o impacto do COVID-19 na saúde pública, com a implementação de ações que visava reduzir a ocorrência e propagação do evento e, no âmbito comercial, proteger o setor produtivo de forma geral (Nassif, Corrêa & Rossetto, 2020).
REFERENCIAL TEÓRICO
Como parte da fundamentação teórica, são relatados aspectos relacionados a empreendedorismo e políticas públicas.
Empreendedorismo
O empreendedorismo, por sua vez, vem se tornando cada vez mais a opção das pessoas que buscam uma renda; porém é preciso investimentos por parte do governo, por meio de políticas públicas adequadas para o setor. Um dos pontos interessantes é que a partir do esquema do ciclo de políticas públicas é possível uma visualização clara das etapas que compõe o processo (Secchi, 2020).
De acordo com Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o empreendedorismo se dá por oportunidade e por necessidade; assim, concebe o empreendedorismo como qualquer tentativa de criação de um novo negócio, seja uma atividade pessoal autônoma, uma nova empresa ou a expansão de um negócio existente (Greco, 2020).
Entretanto, qualquer pessoa e de qualquer idade pode ser empreendedora. Logo, o empreendedor precisa se atentar ao fato de que a presença de um líder é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. Portanto, não se pode esquecer que o gestor candidato a empreendedor, além de precisar ser criativo, captar novas ideias de outras fontes e pessoas, é também uma pessoa que busca realizar um sonho (Tondolo, 2018).
As recomendações elaboradas para um empreendedorismo com base em uma pesquisa podem ser direcionadas a diferentes grupos, tais como, empreendedores, pesquisadores, professores, pessoas e organizações que trabalham no apoio ao empreendedorismo e governos entre outros (Resende et al., 2020).
Apesar da demanda crescente por políticas de empreendedorismo, Audretsch, Grilo e Thurik (2007) afirmam que nem os pesquisadores, nem os governantes estão adequadamente equipados para proporcionar a formulação de políticas de empreendedorismo. Segundo esses autores, tal situação é explicada pelo fato de que durante muito tempo o mainstream da economia ignorou o papel do empreendedorismo no crescimento econômico.
Em relação à economia, as vantagens são comprovadas estatisticamente nas cidades em que o empreendedorismo está crescendo, por esse motivo é que se faz cada vez mais necessário o investimento e principalmente nas políticas que incentivem o ato de empreender, e é consenso na literatura que empreendedorismo vem sendo cada vez mais reconhecido e significativo para o desenvolvimento econômico e para a solução da pobreza em todo mundo (Nassif, Corrêa & Rossetto, 2020).
E uma das principais teorias que abordam o empreendedorismo é a teoria econômica, também conhecida como schumpeteriana, demonstra que os primeiros a perceberem a importância do empreendedorismo foram os economistas, estes estavam primordialmente interessados em compreender o papel do empreendedor e o impacto da sua atuação na economia (Secchi, 2020).
Políticas públicas
Políticas públicas é definida como o resultado da atividade de uma autoridade investida de poder público e de legitimidade governamental, logo, o que se espera quando se refere a assunto é que as políticas públicas funcionem efetivamente; o que não acontece, contudo, em muitos casos, devido à má vontade por parte do governo, falta de experiência etc. (Meny, Thoenig & Morata, 1992).
No entanto, as pessoas precisam de ações que as auxiliem em momentos de crise financeira, como ocorreu durante a pandemia da COVID-19 que assolou o país no começo de 2020 e 2021. Embora nesse ano de 2022 a economia esteja voltando a sua normalidade, muitos perderam seus empregos durante o período da pandemia, de forma que tiveram que buscar outras alternativas para garantir a renda da família, levando muitas a resolverem empreender; sendo necessário, então, que existam políticas públicas específicas para esse setor (Nassif, Corrêa & Rossetto, 2020).
O que se percebe também é que essa ação é dividida em sete fases, segundo Secchi (2020), sendo a primeira a identificação do problema; em seguida a formação da agenda; formulação de alternativas; tomada de decisão; implementação; avaliação e extinção sobre a identificação de problemas; e formação da agenda.
Primeiramente, ao dar ênfase ao poder que as políticas públicas possuem no empreendedorismo, se está dando um auxílio mais que necessários para que os empreendedores possam crescer e alcançar o sucesso profissional, além de que a economia da cidade também aumenta, abrindo muitas portas. Porém, na literatura, encontram-se diversas formas de estruturação e interpretação do ciclo de políticas públicas (Secchi, 2020), além das já citadas acima, e todas estão certas.
Tinoco (2010) afirma ainda que está em evidência a perspectiva centrada nos atores sociais, pois é preciso saber que as ações públicas apresentam grande diversidade e que algumas ações são conduzidas e fortemente permeadas por atores não estatais, enquanto outras ainda se encontram centralizadas no Estado e em suas instituições.
O que se precisa de verdade é de políticas públicas que incentivem a população quanto ao ato de empreender e ter a sua própria independência financeira, ressalvando novamente a importância para a economia, tanto pessoal quanto da cidade.
A exemplo, no momento da pandemia, o COVID-19 fez com a gestão pública fizesse sua intervençao e no caso, o empreendedorismo foi impactado negativamente e teve que se adaptar ao novo normal, tanto os negócios iniciais, como também os consolidados. Entre as mudanças ocorridas no setor econômico, medidas foram tomadas para suspender as atividades empresariais, deixando abertas as empresas cujas atividades foram listadas pelo governo como as prioridades (Cavalcante, 2021).
METODOLOGIA
Este estudo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, que de acordo com Gil (2017) é elaborada com base em materiais já publicados sobre determinado tema de pesquisa. Deste modo, foram utilizadas fontes de natureza bibliográfica como livros clássicos, artigos científicos e outras publicações, fazendo com que se tenha um conhecimento mais detalhado. Os dados coletados foram de fontes primárias, com informações coletadas para o propósito da questão para atender o problema de pesquisa (Lakatos & Marconi, 2021).
Conforme Mattar (2008), dados primários caracterizam-se por serem dados brutos, que não foram antes coletados, estando ainda em posse dos pesquisadores, da mesma forma, foi realizado um recorte transversal, cuja pesquisa é realizada uma única vez e em um momento específico (Flick, 2012).
A pesquisa se desenvolveu por meio do aspecto descritivo, pois de acordo com Brevidelli e Domênico (2006), os estudos descritivos têm por objetivo buscar informações aperfeiçoadas sobre indivíduos, grupos, instituições ou situações para elencar suas características e colocar em evidência um perfil.
A abordagem proposta para a condução do estudo foi quantitativa, que relaciona uma população de objetos de observação comparáveis entre si, pressupõe que tudo pode ser "quantificável", que nada mais é do que descrever em números as opiniões e informações para posteriormente classificar e analisar as informações. Faz-se necessário o uso de recursos e técnicas estatísticas, em Porcentagem, desvio padrão, média, coeficientes, dentre outros (Silva & Menezes, 2001).
Para coleta de dados foi realizada uma pesquisa por meio de questionários estruturados, com perguntas fechadas, em um total de 50 entrevistas com abordagem pessoal. Tal pesquisa, com os agrupamentos dos dados, para fins do teste do Qui Quadrado, resultaram que 57% são do gênero masculino, e 43% feminino; e quanto a faixa etária, 42% têm até 30 anos, e 58% acima de 30 anos.
No que se refere à amostragem, foi elaborado com base no método não probabilístico por conveniência, tendo em vista que, de acordo com Mattar (2008), são selecionadas por critérios subjetivos do pesquisador, de acordo com sua experiência e com os objetivos do estudo e, como o nome já diz, por conveniência do pesquisador; esta forma, apesar de ser mais barata e simples, é utilizada para testar boas ideias sobre determinado assunto.
Dentre as escalas utilizadas, predominou a ordinal, mediante escala de 5 pontos, do tipo concordo/discordo; sendo que a escala ordinal é obtida pela classificação dos objetivos ordenados em função de alguma variável em comum (Aaker, Kumar & Day, 2004).
Em relação as variáveis investigadas, procurou-se saber se durante o período de pandemia, cuja coleta de dado foi em março de 2022: i) a atividade empreendedora está como a renda principal; ii) o empreendedorismo local ganhou mais força; iii) houve incentivo por parte do gestor público na isenção de impostos; iv) as políticas públicas auxiliaram em novos empreendimentos; v) a empresa passou a recorrer a consultorias; vi) a empresa teve que fazer demissões; e vi) a empresa quase teve que encerrar as atividades.
Vale registrar que para aplicação do teste do Qui Quadrado, a escala concordo/discordo de 5 pontos, foi utilizada para fazer o teste de análise de correlação, validada pelo alpha de cronbach em 0,712, e posteriormente ajustada para três pontos: concordo/indiferente/discordo, para aplicação do teste do Qui-Quadrado de modo que não houvesse menos de 5 respostas por casos investigados.
Quanto à técnica estatística, a análise dos dados consistiu-se em análises univariadas e bivariadas com base em frequências absolutas e relativas, e processadas por meio do software IBM SPSS Statistics 20 (Statistical Package for the Social Sciences).
Considerando os dois testes não paramétrico aplicados, o primeiro foi o Qui-Quadrado de Pearson (Siegel & Castellan, 2017), que é uma estatística utilizada que avalia se as observações não pareadas entre duas variáveis são independentes entre si, sendo aplicadas ao nível de significância de 5%, para testar se deve ou não rejeitar as hipóteses postuladas. Assim, se o p-valor obtido for abaixo de 5% (p ≤ 0,05), as variáveis são independentes, e as hipóteses devem ser rejeitadas; caso contrário, se for acima de 5%, não devem ser rejeitadas (Siegel & Castellan, 2017).
Contido essas informações, as hipóteses da pesquisa foram realizadas para o teste qui-quadrado que são utilizadas para analisar a existência da relação das variáveis investigadas entre os gestores por gênero e faixa etária, que são:
H0: Não há diferença significativa na opinião dos gestores em relação às variáveis investigadas segmentadas por gênero (masculino e feminino).
H1: Não há diferença significativa na opinião dos gestores em relação às variáveis investigadas segmentadas por faixa etária (até 30 anos e acima de 30 anos).
O segundo teste não paramétrico utilizado foi a análise de correlação de Spearman, que na visão de Field (2009), as correlações são caracterizadas por uma relação que pode estar conectada de maneira positiva, nula e negativa entre duas ou mais variáveis. Sua interpretação gera um número que varia de -1 a +1, quanto mais próximo dos extremos (-1 ou 1), maior é a força da correlação, por outro lado, os valores próximos de 0 implicam em correlações mais fracas ou inexistentes (Kuhl, 2012), conforme demonstra o Tabela 1.
Tabela 1 –
Interpretação do coeficiente de correlação de Spearman
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO |
INTERPRETAÇÃO |
± 1,00 |
Correlação positiva/negativa perfeita |
± 0,91 a 0,99 |
Correlação positiva/negativa muito forte |
± 0,71 a 0,90 |
Correlação positiva/negativa forte |
± 0,61 a 0,70 |
Correlação positiva/negativa moderada alta |
± 0,51 a 0,60 |
Correlação positiva/negativa moderada média |
± 0,41 a 0,50 |
Correlação positiva/negativa moderada baixa |
± 0,21 a 0,40 |
Correlação positiva/negativa fraca, mas definida |
± 0,01 a 0,20 |
Correlação positiva/negativa leve, quase imperceptível |
0 |
Correlação nula |
Fonte: Kuhl (2012, p.174).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir desse momento é analisado os resultados obtidos por meio da pesquisa, englobando assuntos relacionados às políticas públicas e as estratégias do gestor empreendedor.
A análise é composta a partir das Tabelas 2 a 8, segmentados por gênero e faixa etária, sendo que as Tabelas 9 e 10, respectivamente, apresentam os resultados do teste estatístico não paramétrico: Qui Quadrado de Pearson e Correlação de Spearman. Por final, a Tabela 11, finaliza com um breve resumo do p-valor que foram significativos.
Assim, a Tabela 2 tem por objetivo mostrar se “A atividade empreendedora foi a minha renda principal”. No resultado auferido pelo estudo, 28% dos entrevistados consideram a atividade como fonte de renda principal; tendo 56% como indiferente e 16% que discordaram. Como resultado segmentado, entre o público masculino, 33% concordou com a pergunta, contra 20% do público feminino. O maior índice de concordância que pode ser observado é entre o grupo de gestores da faixa etária de acima de 30 anos, com 44%. As políticas de apoio aos empreendedores, antes da adesão ao MEI, propiciaram o acesso a novos negócios, melhora da relação com fornecedores, melhora na renda, cidadania, além dos benefícios da previdência social (Tondolo, 2018).
Nesse sentido, durante o momento de pandemia, se intensificou a busca por novas fontes de rendas, já que houve um aumento na busca de alternativas mais rentáveis dos recursos financeiros (Viana & Viana, 2022).
De acordo com o teste do Qui Quadrado, apresenta um p-valor de 0,129 para a H0, e um p-valor de 0,276 para H1. Assim, considerando os p-valores obtidos, as hipóteses H0 e H1 devem ser rejeitadas, por não apresentarem diferenças significativas na proporção das respostas quando comparados por gênero e por faixa etária.
Tabela 2 – A atividade empreendedora foi a minha renda principal
|
GÊNERO |
FAIXA ETÁRIA |
|
||
|
Feminino |
Masculino |
até 30 anos |
30 + |
Total |
Concordo |
20% |
33% |
0% |
44% |
28% |
Indiferente |
60% |
53% |
78% |
44% |
56% |
Discordo |
20% |
13% |
22% |
13% |
16% |
Total |
100% |
100% |
100% |
100% |
100% |
Fonte: Pesquisa (2022)
A Tabela 3 mostra o segundo objetivo: “O empreendedorismo local ganhou mais força nesse período”. O resultado geral aparece entre os entrevistados com 39% de concordância, 23% de indiferente, e 39% citam que discordam da pergunta. Obteve-se um percentual de 27% de concordância do público feminino, contra apenas 11% do público masculino.
Logo o índice de discordo aparece para 7% das mulheres, e 32% dos homens. Entretanto, 25% dos respondentes da faixa etária acima de 30 anos citaram concordar com a afirmação; e entre os entrevistados até 30 anos, o índice foi de 14% concordância.
Reportando estudo realizado por Chiusoli et al (2022), durante a pandemia houve um alto índice de concordância entre os gestores de empresas abordados, que citaram que se organizaram frente aos desafios da pandemia do COVID-19, devido ao lockdown e isolamento social, com 81,5%.
Analisando o teste Qui Quadrado, apresenta para a H0 um p-valor de 0,008, e para H1 um p-valor de 0,773, sendo que a hipótese H0 deve ser aceita (p-valor < 5%), devido a maior proporção de respostas das mulheres em relação aos homens no item concordância; já a hipótese H1 deve ser rejeitada.
Tabela 3 –
O empreendedorismo local ganhou mais força nesse período
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GÊNERO |
FAIXA ETÁRIA |
|
||
|
Feminino |
Masculino |
até 30 anos |
30 + |
Total |
Concordo |
27% |
11% |
14% |
25% |
39% |
Indiferente |
9% |
14% |
9% |
11% |
23% |
Discordo |
7% |
32% |
18% |
20% |
39% |
Total |
43% |
57% |
41% |
57% |
100% |
Fonte: Pesquisa (2022)
A Tabela 4 responde ao terceiro objetivo, cuja pergunta “Houve incentivo da gestão pública na isenção de impostos”.
O índice é baixo, diante da percepção dos entrevistados, sendo que apenas 9% concordam com a afirmação, outros 18% manifestaram-se indiferente, e um alto índice não enxerga incentivo por parte da gestão pública, uma vez que o percentual alcança 73% de discordância. Entre o público feminino há 58% de discordância; logo, com a maior porcentagem de discordância estão os homens, com 84%. Quanto a faixa etária, para quem tem até 30 anos e acima 30 anos, o percentual se equivalem respectivamente com 72% de discordância.
Mensuradas as opiniões dos gestores, vale destacar que o governo em instâncias municipal, estadual e federal, dependendo da localidade, efetuou medidas para à preservação do emprego, como auxílios financeiros ou incentivos para empresas não demitirem, da mesma forma, foi ofertado um valor mensal para as empresas que se enquadravam no Microempreendedor Individual - MEI (Pereira, 2022).
Como conclusão se há diferenças de opiniões por meio do teste Qui-Quadrado, tem-se para a H0 um p-valor de 0,125, e para H1 um p-valor de 0,710. Dessa forma, de acordo com os p-valores obtidos, as hipóteses H0 e H1 devem ser rejeitadas, por não apresentarem diferenças significativas na proporção das respostas quando verificadas por gênero e por faixa etária.
Tabela 4 –
Houve incentivo da gestão pública na isenção de impostos
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GÊNERO |
FAIXA ETÁRIA |
|
||
|
Feminino |
Masculino |
até 30 anos |
30 + |
Total |
Concordo |
21% |
0% |
6% |
12% |
9% |
Indiferente |
21% |
16% |
22% |
16% |
18% |
Discordo |
58% |
84% |
72% |
72% |
73% |
Total |
100% |
100% |
100% |
100% |
100% |
Fonte: Pesquisa (2022)
A Tabela 5 se refere ao quarto objetivo: “A gestão pública auxiliou na abertura de novos empreendimentos”. Os resultados auferidos mostram que 27% dos respondentes concordam com a afirmação; tendo que 47% das mulheres concordaram e 12% dos homens. Na faixa etária dos que tem até 30 anos, 39% concordam, enquanto entre os que possuem acima de 30 anos, o índice é de 20%.
Durante o período da pandemia, houve a redução de salários, com a previsão da redução de forma proporcional, e a suspensão das atividades. As agilidades também na liberação de créditos fiscais e suspensão imediata das parcelas dos tributos certamente permitiram caixa às empresas para honrar seus compromissos (Vasconcelos & Vasconcelos, 2020)
Como resultados obtidos no teste Qui-Quadrado, a hipótese H0 apresenta um p-valor de 0,026, devendo ser rejeitada, pois há evidências que as mulheres pensam diferente dos Homens. E a hipótese H1 apresenta um p-valor de 0,391, devendo também ser rejeitada, pois não há diferenças significativas quanto à opinião do gestor quanto à idade.
Tabela 5
A gestão pública auxiliou na abertura de novos empreendimentos
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GÊNERO |
FAIXA ETÁRIA |
|
||||
|
Feminino |
Masculino |
até 30 anos |
30 + |
Total |
|
|
Concordo |
47% |
12% |
39% |
20% |
27% |
|
|
Indiferente |
21% |
24% |
17% |
24% |
23% |
|
|
Discordo |
32% |
64% |
44% |
56% |
50% |
|
|
Total |
100% |
100% |
100% |
100% |
100% |
|
|
Fonte: Pesquisa (2022)
A Tabela 6 apresenta as respostas do quinto objetivo “A empresa recorreu a consultorias nesse período”. Os resultados apontam que 30% dos entrevistados afirmaram que passaram a recorrer a consultorias, cujo índice é levemente maior entre as mulheres (32%), e com destaque entre os que possuem até 30 anos, com 44%.
Embora o percentual de uso de consultorias não seja expressivo, a utilização deste serviço é uma forma de auxiliar os empreendedores em seus negócios, diante das adversidades de mercado, neste caso com o advento da pandemia. Essas atividades oportunizam aos gestores melhorar seu planejamento e ter uma tomada de decisão mais eficaz (Caliari; Scherer & Flores, 2019).
Como conclusão, baseado no teste do Qui-Quadrado, as hipóteses H0 (p-valor: 0,290) e H1 (p-valor: 0,139) devem ser rejeitadas, por não apresentarem diferenças significativa na proporção das respostas dos entrevistados quando comparados por gênero e idade.
Tabela 6
A empresa recorreu a consultorias nesse período
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GÊNERO |
FAIXA ETÁRIA |
|
||||
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Feminino |
Masculino |
até 30 anos |
30 + |
Total |
|
|
Concordo |
32% |
28% |
44% |
20% |
30% |
|
|
Indiferente |
42% |
24% |
33% |
32% |
32% |
|
|
Discordo |
26% |
48% |
22% |
48% |
39% |
|
|
Total |
100% |
100% |
100% |
100% |
100% |
|
|
Fonte: Pesquisa (2022)
A Tabela 7 mostra o resultado do sexto objetivo “A empresa teve que fazer demissões”. Em relação ao quesito demissão, devido a pandemia, 23% citaram que precisaram fazer, com percentuais muitos próximos quando comparadas as opiniões entre mulheres (21%) e homens (24%). Já em relação à idade, o índice é de 28% entre os que possuem acima de 30 anos, enquanto entre os abaixo de 30 o percentual é de 17%.
De fato, salvando o programa de preservação de empregos, devido ao decreto do governo estadual determinando que somente os serviços públicos e as atividades essenciais pudessem permanecer abertos, algumas empresas necessitaram encerraram vagas, e devido às enormes restrições, algumas partiram para atividades on-line e em delivery (Lanchimba et al, 2020). Uma das consequências da pandemia foi o aumento do desemprego, o aumento da informalidade dos empregos, de trabalhadores terceirizados, e subcontratados (Costa, 2020).
Considerando os resultados obtidos, as hipóteses H0 (p-valor: 0940) e H1 (p-valor: 0,483) devem ser rejeitadas, por não apresentarem diferenças significativas na proporção das respostas dos entrevistados quando comparadas por gênero e por faixa etária.
Tabela 7
A empresa teve que fazer demissões
|
GÊNERO |
FAIXA ETÁRIA |
|
||||
|
Feminino |
Masculino |
até 30 anos |
30 + |
Total |
|
|
Concordo |
21% |
24% |
17% |
28% |
23% |
|
|
Indiferente |
37% |
32% |
44% |
28% |
34% |
|
|
Discordo |
42% |
44% |
39% |
44% |
43% |
|
|
Total |
100% |
100% |
100% |
100% |
100% |
|
|
Fonte: Pesquisa (2022)
A Tabela 8 aponta o sétimo e último objetivo proposto: “A empresa quase encerrou as atividades nesse período”. Baseado no conjunto de experiencias durante a pandemia, quase 1 entre 5 gestores consultados (18%) concordaram que quase encerraram as atividades. Tal concordância, entre as mulheres, foi de 14%, e de 5% entre os homens. Já entre os abaixo de 30 anos, foi de 17%, enquanto entre os acima de 30 anos, 20%. A crise sanitária pôs à prova a capacidade do poder público de ajudar a desenvolver medidas eficazes para prevenir a propagação do vírus, proteger vidas e favorecer a recuperação econômica, dessa forma, foi possível diminuir os grandes impactos no comércio; contudo aqueles que não foram considerados atividades essenciais sentiram muito fortemente o efeito (Coelho, 2021). Assim, considerando os p-valores obtidos, as hipóteses H0 (0,122) e H1 (0,941) devem ser rejeitadas, por não apresentarem diferenças significativas na proporção das respostas quando comparadas por gênero e por faixa etária.
Tabela 8
A empresa quase encerrou as atividades nesse período
|
GÊNERO |
FAIXA ETÁRIA |
|
||
|
Feminino |
Masculino |
até 30 anos |
30 + |
Total |
Concordo |
14% |
5% |
17% |
20% |
18% |
Discordo |
27% |
50% |
78% |
76% |
77% |
Indiferente |
2% |
2% |
6% |
4% |
5% |
Total |
43% |
57% |
100% |
100% |
100% |
Fonte: Pesquisa (2022)
- Tabela 3: “O empreendedorismo local ganhou mais força nesse período”, em relação ao gênero, com destaque aos homens com um índice de maior concordância;
- Tabela 5: “A gestão pública auxiliou na abertura de novos empreendimentos”, em relação ao gênero, com destaque as mulheres com um índice de maior concordância.
Tabela 9
Resumo do teste estatístico não paramétrico: Qui-Quadrado
|
P-valor |
Teste hipótese Gênero |
P-valor |
Teste hipótese Faixa etária |
Tabela 2 (Var 1) |
0,129 |
Não rejeitar H0 |
0,276 |
Não rejeitar H1 |
Tabela 3 (Var 2) |
0,008* |
Rejeitar H0 |
0,773 |
Não rejeitar H1 |
Tabela 4 (Var 3) |
0,125 |
Não rejeitar H0 |
0,710 |
Não rejeitar H1 |
Tabela 5 (Var 4) |
0,026* |
Rejeitar H0 |
0,391 |
Não rejeitar H1 |
Tabela 6 (Var 5) |
0,290 |
Não rejeitar H0 |
0,139 |
Não rejeitar H1 |
Tabela 7 (Var 6) |
0,940 |
Não rejeitar H0 |
0,483 |
Não rejeitar H1 |
Tabela 8 (Var 7) |
0,122 |
Não rejeitar H0 |
0,941 |
Não rejeitar H1 |
Fonte: autores (2022) – p-valor significativo a 5% (p<0,05) *
Em relação à correlação entre as variáveis investigadas, houve correlação negativa e positiva que varia de leve a moderada média, segundo definição de Kuhl (2012), que se destaca na Tabela 10 e na Tabela 11 o resumo com as correlações que foram significativas quanto ao p-valor abaixo de 5%.
Tabela 10
Resumo do teste estatístico não paramétrico: Correlação de Spearman
Var 1 |
Var 2 |
Var 3 |
Var 4 |
Var 5 |
Var 6 |
Var 7 |
||
Var 1 |
Spearman |
xxx |
||||||
p-value |
xxx |
|||||||
Var 2 |
Spearman |
0.070 |
xxx |
|||||
p-value |
0.650 |
xxx |
||||||
Var 3 |
Spearman |
-0.128 |
0.449 |
xxx |
||||
p-value |
0.407 |
0.002* |
xxx |
|||||
Var 4 |
Spearman |
-0.072 |
0.490 |
0.519 |
xxx |
|||
p-value |
0.641 |
< .001* |
< .001* |
xxx |
||||
Var 5 |
Spearman |
0.112 |
0.285 |
0.205 |
0.238 |
xxx |
||
p-value |
0.467 |
0.061 |
0.181 |
0.119 |
xxx |
|||
Var 6 |
Spearman |
-0.428 |
0.017 |
-0.027 |
0.022 |
-0.010 |
xxx |
|
p-value |
0.004* |
0.910 |
0.860 |
0.886 |
0.947 |
xxx |
||
Var 7 |
Spearman |
-0.217 |
0.485 |
0.375 |
0.189 |
0.336 |
0.422 |
xxx |
p-value |
0.158 |
< .001* |
0.012* |
0.220 |
0.026* |
0.004* |
xxx |
Fonte: autores (2022) – p-valor significativo a 5% (p<0,05) *
Com valor significativo de p-valor=0,004 e correlação -0.428 (negativa moderada baixa) entre variável “A atividade empreendedora foi a minha renda principal” e “A empresa teve que fazer demissões” aponta que na opinião do gestor quanto mais a atividade era considera importante como negócio principal, menor era a possibilidade de demitir.
Já a variável que aborda “O empreendedorismo local ganhou mais força nesse período” em relação a variável “Houve incentivo da gestão pública na isenção de impostos” teve p-valor=0,002 e para variável “A gestão pública auxiliou na abertura de novos empreendimentos” um p-valor=0,001 e na variável “A empresa quase encerrou as atividades nesse período” apresentou um p-valor=0,001.
As correlações acima apesar de apresentarem como positiva moderada baixa, a explicação pela relação direta sugere como é importante a participação da administração pública na intervenção no mercado e na economia em tempos de crise, de forma a encontrar um equilíbrio entre eficiência e democracia na definição das ações adotadas visando o apoio ao empreendedor (Rodrigues, 2017).
A relação da variável “Houve incentivo da gestão pública na isenção de impostos” com as variáveis “A gestão pública auxiliou na abertura de novos empreendimentos” e “A empresa quase encerrou as atividades nesse período” apresentaram um p-valor respectivamente de < ,001 e 0,012 resultando em uma Correlação positiva moderada baixa e fraca.
E por fim, a correlação entre a variável “A empresa quase encerrou as atividades nesse período” com as variáveis “A empresa recorreu a consultorias nesse período” e “A empresa teve que fazer demissões” apresentaram um p-valor respectivamente de 0,026 e 0,004 apontando que há uma correlação positiva moderada baixa e fraca.
Tabela 11
Variáveis com correlação moderada baixa e média (> 0,41)
Variável |
Variável |
Correlação |
Análise |
p-valor |
Var 1 – A atividade empreendedora foi a minha renda principal |
Var 6 – A empresa teve que fazer demissões |
-0.428
|
Correlação negativa moderada baixa |
0.004* |
Var 2 – O empreendedorismo local ganhou mais força nesse período |
Var 3 - Houve incentivo da gestão pública na isenção de impostos |
0.449 |
Correlação positiva moderada baixa |
0.002* |
Var 2 – O empreendedorismo local ganhou mais força nesse período |
Var 4 – A gestão pública auxiliou na abertura de novos empreendimentos |
0.490 |
Correlação positiva moderada baixa |
< .001* |
Var 2 – O empreendedorismo local ganhou mais força nesse período |
Var 7 - A empresa quase encerrou as atividades nesse período |
0.485 |
Correlação positiva moderada baixa |
< .001* |
Var 3 - Houve incentivo da gestão pública na isenção de impostos |
Var 4 – A gestão pública auxiliou na abertura de novos empreendimentos |
0.519 |
Correlação positiva moderada média |
< .001* |
Var 3 - Houve incentivo da gestão pública na isenção de impostos |
Var 7 - A empresa quase encerrou as atividades nesse período |
0.375 |
Correlação positiva fraca, mas definida |
0.012* |
Var 5 - A empresa recorreu a consultorias nesse período
|
Var 7 - A empresa quase encerrou as atividades nesse período |
0.336 |
Correlação positiva fraca, mas definida |
0.026* |
Var 6 – A empresa teve que fazer demissões |
Var 7 - A empresa quase encerrou as atividades nesse período |
0.422 |
Correlação positiva moderada baixa |
0.004* |
Fonte: autores (2022) – p-valor significativo a 5% (p<0,05) *
CONCLUSÃO
Como conclusão, entende-se que o objetivo foi satisfeito, cuja proposta era analisar as estratégias utilizadas do gestor em seu negócio durante o momento pós pandemia como forma de manter o desenvolvimento da economia local em uma cidade do interior do Paraná.
Porém, buscou-se apresentar no decorrer do estudo as vantagens para a economia local, tendo como base uma cidade do Paraná, mediante de destaques como os entrevistados enxergam a participação da gestão pública durante esse momento de crise sanitária.
Como destaque, buscou-se também mostrar os problemas que podem ser evitados com políticas eficazes que incentivem as pessoas a optarem pelo empreendedorismo.
Como principais achados, tem-se que:
28% concordam que ser empreendedor se tornou a sua renda principal. Assim as hipóteses H0 e H1 não devem ser rejeitadas (objetivo 1 – Tabela 2);
39% concordam que o empreendedorismo local ganhou mais força. Assim a hipótese H0 deve ser rejeita, e a H1 não deve ser rejeitada (objetivo 2 – Tabela 3);
9% concordam que houve incentivo por parte do gestor público na isenção de impostos. Assim as hipóteses H0 e H1 não devem ser rejeitadas (objetivo 3 – Tabela 4);
27% concordam que as políticas públicas auxiliaram em novos empreendimentos. Assim, a hipótese H0 deve ser rejeita, e a H1 não deve ser rejeitada (objetivo 4 – Tabela 5);
30% concordam que a empresa passou a recorrer a consultorias. Assim, as hipóteses H0 e H1 devem ser rejeitadas (objetivo 5 – Tabela 6);
23% concordam que a empresa teve que fazer algumas demissões. Assim, as hipóteses H0 e H1 não devem ser rejeitadas (objetivo 6 – Tabela 7);
18% concordam que durante a pandemia a empresa quase teve que encerrar as atividades. Assim, as hipóteses H0 e H1 não devem ser rejeitadas (objetivo 7 – Tabela 8).
A contribuição da pesquisa foi justamente mostrar o quanto precisa-se de incentivos por parte do gestor público para com os empreendedores, e que cidades pequenas carecem mais desse fomento. Portanto, o que se espera é que existam mais incentivos por parte do governo local, logo aprimorando para que se tenha cada vez melhores resultados com esses auxílios.
Em termos econômicos, é de grande valia para as cidades, principalmente quando essas são pequenas, porque assim se faz girar dinheiro, melhorando a situação econômica da cidade.
No entanto, assim como é importante em termos econômicos, é de importância a existência de ações políticas públicas específicas para cada empreendedor, independente do ramo de atuação, que sejam eficazes e que auxiliem de fato. Por enquanto, o que se nota é que ainda se precisa de auxílios para os empreendedores.
Por meio desse estudo foi possível notar que a cidade pesquisada tem carência de ações efetivas para a motivação de empreender.
Corroborando com esse fato, a limitação da pesquisa se deu por pesquisar apenas empreendedores em uma pequena cidade do Paraná, de comércio e serviços, com perfil de microempreendedores; desta forma, os resultados não devem ser projetados em outros locais. No entanto, destaca-se pelo presente estudo que podem haver problemas em comum, pelo fato de terem vivenciado o momento forte da pandemia.
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