Turismo para desenvolvimento participativo

 

Luiz Gonzaga de Sousa[1]

 

 

RESUMO

Este artigo tem como objetivo analisar o turismo como raiz de desenvolvimento local, via empowerment, no Nordeste brasileiro. A metodologia utilizada é a observação in loco e levantamento feito em toda a região nordestina, considerando sobretudo a paraibana e a campinense, como pontos turísticos para desenvolvimento local. A hipótese fundamental é a de que “o turismo promove o desenvolvimento local, em termos de emprego e renda, que implementam a economia criativa e solidária para a população da localidade”. Os pequenos e médios negócios são dinamizados, impulsionando o princípio de identidade com o local e fomentando novas participações na economia e envolvimento social. Em síntese, o turismo tem incorporado população excluída do processo a se infiltrar na organização social e contribuir para o desenvolvimento local, para criar novas formas de bem-estar econômico e social.

Palavras-chave: turismo, desenvolvimento local, empowerment, economia solidária.

 

Tourism for participatory development

ABSTRACT

This article aims analyze tourism as the root of local development, through empowerment, in northeastern Brazil. The methodology used is the on-site observation and survey in the entire northeastern region, considering especially the Paraiba and campinense, as points of interest for local development. The fundamental hypothesis is that "tourism promotes local development, in terms of employment and income, that implement the creative economy and solidarity for the people of the locality. Small business resources and are pivoted, propelling the principle of identity with the site and fostering new participation in the economy and social involvement. In summary, the tourism has incorporated population excluded from the process to infiltrate social organization and contribute to the local development, to create new forms of economic and social well-being.

KeyWords: tourism, local development, empowerment, solidarity economy.

 

Turismo para el desarrollo participativo

RESUMEN

El objetivo de este artículo es analizar el turismo como raíz del desarrollo local, vía empoderamiento, en el nordeste de Brasil. La metodología utilizada es la observación in situ y un estudio de toda la región nordeste, especialmente en Paraiba y Campinas, como atractivos turísticos para el desarrollo local. La hipótesis fundamental es que "el turismo promueve el desarrollo local, en términos de empleo e ingresos, que implementan la economía creativa y solidaria para la población local". Se dinamizan las pequeñas y medianas empresas, impulsando el principio de identidad con el lugar y fomentando una nueva participación en la economía y la implicación social. En definitiva, el turismo ha incorporado a la organización social a personas excluidas del proceso y ha contribuido al desarrollo local, creando nuevas formas de bienestar económico y social.

Palabras clave: turismo, desarrollo local, capacitación, economía solidaria.

 

 

Introdução

 

Este artigo tem como objetivo analisar como o turismo é impulsionado pelo empowerment, dinamiza o desenvolvimento local, no Nordeste brasileiro. A hipótese fundamental é a de que “o turismo promove o desenvolvimento local, em termos de emprego e renda, que implementam a economia criativa e solidária para a população da localidade”. Os pequenos e meios negócios são dinamizados, impulsionando o princípio de identidade, e fomentando novas participações na economia e envolvimento social. Assim, o turismo tem incorporado população excluída do processo a contribuir para o desenvolvimento local, para criar novas formas de bem-estar econômico e social.

O turismo nordestino é pouco dinamizado pelas políticas públicas brasileiras, sem participação efetiva do governo federal, muito menos ainda pelo governo estadual e municipal, que deveriam criar a infraestrutura necessária para incentivar o setor privado a se incorporar neste processo, quando o empowerment é uma forma importante para o envolvimento de todos da população municipal.

Com o turismo, o empowerment é um meio e um fim para a transformação das relações de poder existentes e para superar o Estado de pobreza. É um meio de construção de um futuro possível, palpável, capaz de recuperar as esperanças da população e de mobilizar suas energias para a luta por direitos no plano local, nacional e internacional. Esta forma de ação, também é um fim, porque o poder está na essência da definição e da superação da exclusão. Esta política necessita constantemente ser renovado para garantir que a correlação de forças não volte a reproduzir as relações de dominação que caracterizam a endogenia.

Para Romanos (2002), a expressão empowerment para os excluídos de comunidades se dá pela conquista dos direitos à cidadania, ou seja, capacidade do ator individual ou coletivo de usar seus recursos econômicos, sociais e culturais para atuar com responsabilidade no espaço público, em defesa de seus direitos, influenciando as ações do Estado na distribuição dos serviços e recursos.

Em Nascimento (2000), um processo de empowerment é como uma dinâmica em que uma coletividade adquire poder à medida que fortalece laços de coesão, capacita-se e habilita-se para promover seu autodesenvolvimento. Isto é uma prova de um trabalho engajado politicamente em prol da sociedade excluída.

Para Accarini (2002) cabe às políticas públicas a execução do processo de desenvolvimento; nesse sentido, o papel de organizar o cenário de progresso, em sintonia com a sociedade e as forças produtivas, e desempenhar com eficiência aquelas funções que não podem ser transferidas à iniciativa privada como educação, capacitação, infraestrutura social e outras mais. Assim, identificam-se experiências de sinergia entre políticas públicas no nordeste do Brasil. Em conclusões, falta poder às comunidades locais, também é necessário que as comunidades trabalhem pelo progresso, cobrar ações estratégicas do governo, e ao mesmo tempo contribuir para identificá-las, e oferecer críticas e sugestões ao desenvolvimento local.

Um empowerment como uma técnica de inclusão social induz a que uma população possa se engajar nas políticas públicas quanto aos eventos locais que proporcionam o turismo local, e isso facilita a governança de determinado local, com ganhos para a sociedade como um todo. Neste sentido, melhora-se o bem-estar que a sociedade precisa para uma vida saudável.

O empowerment dinamiza o desenvolvimento local. No Brasil Augusto de Franco (2001), enfoca a teoria do capital social, tendo em vista o significado quanto à localidade; sobretudo, a história e os relacionamentos sociais que envolvem determinado povo, desde a formação até o momento atual. Neste sentido, é clara a repercussão do capital social no processo de melhora da qualidade de vida da população, ao exercer também influência nos diversos pontos da economia como um todo, e nas diversas matizes da sociedade de um território, para a construção de um desenvolvimento local.

Outras importantes contribuições estão no pensamento de Dowbor (2005) a cerca das variáveis que envolvem a questão do desenvolvimento local e seus efeitos na sociedade, ao iniciar com uma caracterização do local e em seguida identificar os fatores que geram o desenvolvimento econômico e social na estruturação de um modelo, que serve para uma aplicação em outros lugares, ressalvando as peculiaridades do entorno.

Este pensamento parte do local, ou a um território, como explica esse investigador dentro de uma perspectiva de desenvolvimento local, que em última instância são as forças que se articulam para fazer funcionar as pequenas iniciativas, que pertencem a um espaço geográfico concreto, e na maioria dos casos a uma cidade, a um bairro, a um território, onde o conhecimento direto entre os atores permite articulações criativas e isto é uma concepção de localidade.

Em Buarque (1999), explica-se que, um processo metodológico ao objeto singular deve definir algumas especificidades demandadas, pela característica de escala e dimensão espacial e institucional da localidade como um assentamento. A metodologia deve estar adequada aos novos desafios do quadro econômico e social, em que estão inseridos municípios e comunidades, e ajustada às novas orientações e propostas de desenvolvimento, ao incorporar os postulados do desenvolvimento local. Assim, a sociedade moderna exige uma maior participação no processo de decisão orçamentária do local e nas prioridades que as comunidades estão necessitando de maneira premente; por isso, uma presença mais forte da população ser essencial.

            Já em Bonella, quanto ao desenvolvimento local ou da territorialidade, envolve-se todo um levantamento sobre as potencialidades daquele ambiente, desde as economias de escala, às economias de conglomerados e economias externas, que podem advir ou ser geradas naquele entorno, visto que não haverá dependência direta do envolvimento econômico, nem tão pouco do social se prescindir de infraestrutura e propriamente de capital simbólico e social, para implementar uma organização em todo recinto onde está inserido neste processo.

Ainda em Bonella, ela diz que o local, pensado enquanto espaço geopolítico; é referência básica nos debates sobre a questão da descentralização do poder político. Se de um lado, a (re)valorização do lugar nos termos propostos pelas ideias neoliberais significa a imposição de um processo de fragmentação das forças políticas articuladas em torno de projetos nacionais e universais; de outro lado, vê-se que se generaliza um processo de ampliação da política a partir das bases da sociedade, ao se ter por sustentáculo justamente o local. A partir daí deve-se verificar o processo de descentralização, que o local deve oferecer para que se possa ter vez e voto, em variáveis necessárias para desenvolvimento local, bem como o seu processo de valorização.

            Finalmente, os pequenos e médios negócios são dinamizados, ao impulsionar o sentido de identidade individual com o local, e fomentando assim, novas participações na economia e envolvimento social. Em síntese, o turismo tem incorporado população inteira excluída do processo, a se infiltrar na organização social para contribuição para o desenvolvimento local, em forma de criação de novos modelos de bem-estar econômico e social modernos.

 

Turismo no Nordeste

 

            O turismo é quem mais faz aparecer o empowerment pelo mundo, ao fomentar alguns ganhos nos lugares por onde se implanta, modificando o local com os hábito e costumes pela participação efetiva, com novas maneiras de ser e agir; contudo, incitando a que os nativos ponham para fora a sua criatividade e inventividade no processo de atuação em inventos que possam melhorar os ganhos locais, quando o mercado interno precisa de novos eventos, novas marcas e novas maneiras de dinamizar a economia e a sociedade local, para um crescimento com desenvolvimento para todos indistintamente.

A concepção de Economia Criativa tem seu início na Austrália, em 1994, com grande importância em 1997, no Governo de Tony Blair, que se preocupou com as perspectivas econômicas de seu país no cenário competitivo mundial, com a identificação de treze setores que soergueriam a sua economia, daí denominou de “indústrias criativas”.

Um modo de ver a questão de forma mais concreta, verifica-se que no Brasil a definição que diz respeito às atividades que estão dentro do prisma do criativo, que vai além do modelo utilizado na Inglaterra, agrega a capacidade de uma empresa se organizar para inovar, ou o modo como estruturar os processos, o modelo de negócios, como desenvolver talentos e alguns pontos mais.

Esta visão está dentro do entendimento neo-schumpeteriano de “criação destrutiva”, em que setores econômicos exigem um nível de investimentos muito grande, e com resultados de longuíssimos prazos, daí a importância da fomentação do setor turístico que proporciona benefícios mais imediatos e o processo de criatividade ser mais rápido.

Na região nordestina, o turismo possui grande importância, pela atração de populações viajantes, ao considerar as múltiplas possibilidades de investimentos, a geração de renda em diversos níveis e emprego, para os subempregados nativos, a implementação de infraestrutura básica, a existência de belas paisagens naturais, e a melhor qualidade de vida que recebe.

A extensão do Nordeste, no âmbito do turismo, é uma marca de grande potencialidade, com identidade própria, apelo independente, e imagem única de beleza inconfundível. É uma localidade regional que possui vantagens comparativas extraordinárias, para o desenvolvimento do turismo, devido a sua localização, atrativos naturais privilegiados, cultura diversificada, e histórias ainda não contadas (CADOCA, 2005).

Sem dúvida alguma, o turismo tem favorecido a dinamização e ampliação de diversas atividades, tais como: o comércio, o setor imobiliário, a prestação de serviços, o setor de transportes, além de aumentar a arrecadação de impostos, outras taxas, e ampliar o mercado formal e informal de trabalho local.

Um programa fundamental para uma atuação mais eficiente do turismo é o Prodetur/Ne II, que tem como meta melhorar a qualidade de vida da população permanente nos pólos turísticos, além do mais apoiar investimentos e ações para gerar renda turística e assegurar que os governos municipais possam receber parte deste ganho, para administrarem de maneira eficaz as inversões e fluxos de turismo em benefício da população nativa.

Este programa foi uma necessidade de proporcionar bases, quanto ao completar e complementar o Prodetur/Ne I, que enfoca fundamentalmente a sustentabilidade/otimização dos investimentos públicos que estão sendo implantados, bem como da própria atividade turística; pois, são três os pontos prioritários: fortalecimento da capacidade municipal na gestão turística; planejamento estratégico, treinamento e infra-estrutura para o crescimento do turismo; e, promoção de investimentos do setor privado.

Inegavelmente, o desenvolvimento econômico e social, nos tempos hodiernos tem a participação do turismo como fonte primordial de ganhos financeiros, econômicos, sociais, históricos, políticos, antropológicos e porque não dizer, ambientais para o Nordeste do país. Pois, nos últimos dez a quinze anos, programas governamentais têm incentivado o turismo em toda a nação, onde aparecem as belas imagens e recantos que os aventureiros, e aqueles demandam lazer procuram conhecer para o seu deleite pessoal.

            Toda a costa nordestina está à disposição dos turistas nacionais e internacionais; todavia, os diversos pontos fotográficos procuram uma integração entre cultura e lazer, com os setores de turismo praticados na região, disponibilizando meios de hospedagem, alimentação e bebidas, agências de turismo e locação de automóveis.

            Ao iniciar com o estado da Bahia, verifica-se uma preocupação com o turismo local, visto que prima por capacitação profissional e empresarial, por meio do programa “Boas Vindas”, que tem como meta parceria com o SEBRAE-Ba, SENAC, Instituto de Hospitalidade e Órgãos Financiadores, para uma melhor dinamização e optimização deste setor.

            Esta preocupação diz respeito a proporcionar qualidade aos serviços de turismo aos visitantes, assim como: o fortalecimento do associativismo, a profissionalização de empresas e serviços turísticos, marketing e comercialização de novos destinos, que possam se tornar ponto de visita para aqueles que demandam novidades turísticas.

            O processo de conscientização em termos dos negócios turísticos é muito importante, que advindo do programa “Boas Vindas” existe o Clube da Excelência no Turismo, que fazem reuniões para intercambiarem conhecimentos e experiências quanto aos negócios e resultados para as empresas, daí estabelecem melhorias no turismo e melhora na qualidade no produto turístico oferecido.

            A dinamização do turismo integrado para uma valorização cultural, para conservação ambiental, para melhoria da infraestrutura, através de programas tipo Prodetur e a nova consciência dos dirigentes públicos, para a devida importância da atividade turística, têm funcionado como impulsionadores do crescimento econômico do Estado, que deve ser transformado em desenvolvimento local (CADOCA, 2005).

            O turismo também prospera no estado de Maranhão; visto que, no interior de Maranhão existem pontos turísticos de grande valor histórico, simbólico e fonte de desenvolvimento para toda a extensão do estado, que precisam ser conhecidos do público externo e interno, que demanda novidades, ou pelos menos conhecer as coisas belas deste rincão.

            Na temporada propícia, as “dunas desertas” do Maranhão fazem grande sucesso com a presença de turistas de todo o país, que procuram aprender mais sobre a Nação, consequentemente o Estado, para as suas apreciações e inquietudes, que as pessoas são acometidas.

            As belas paisagens interioranas do Estado chamam a atenção de muitas pessoas; pois, antigamente, pelas conversas com amigos, hoje com o advento da televisão aparecem nas fotografias, que mostram os encantos dos recantos do estado maranhense, ainda desconhecidas da maioria da população nacional, ou até mesmo regional.

            Com as deslumbrantes visitas turísticas, inicia-se um processo de micro ou pequenos negócios, com os produtos próprios da localidade; que, ao serem bem organizados e estruturados geram emprego e renda para a população desempregada ou subempregada.

            Já no vizinho estado do Piauí estão também pontos turísticos que merecem a atenção dos que programam o turismo pelo Nordeste, ou para o interior do estado piauiense, que ainda são desconhecidos, para muita gente neste imenso país, e que merecem destaques.

            Inicia-se com a apresentação de “sete cidades” no interior do Piauí que é um convite para ver e sentir as grandezas do interior deste estado que oferece muito outros belos pontos turísticos que podem ser transformados em atividades econômicas, fontes de desenvolvimento do local, sustentável e participativo.

            Ainda no interior do estado, encontram-se “sítios arqueológicos”, conhecidos como as grutas de “Maria José” ao demonstrar uma visão espeleológica muito forte, para o encanto daqueles que apreciam as coisas naturais, ou almeja conhecer ao vivo as origens da existência do ser humano.

Ao acompanhar o processo de desenvolvimento local com o turismo, na flora aparecem as fazendas de criação de abelhas africanas, que geram um quantum em kg/colméia/ano de mel, em sua maioria exportada, graças ao clima e ao ambiente da apicultura do estado, na geração de emprego e renda para a população campesina, com a alta produtividade dessa cultura.

Segundo Jaime Borquez[2], na cidade de Pedro II neste Estado, além das opalas, em abundância, que têm suas origens em sânscritos “upala” que significa pedra preciosa, daí a idéia dos estrangeiros armazenarem em santos ocos, isto quer dizer recheados de pedras preciosas, para fugir dos nativos donos dos minerais que abundavam neste logradouro.

Além dos muitos outros pontos turísticos que coabitam no Piauí, verifica-se a Cachoeira do urubu, o delta do Parnaíba, parque nacional serra das confusões, encontro das águas dos rios Poti e Parnaíba, lagoas do Buriti e Parnaguá, morro do gritador, nascente do rio Parnaíba, parque nacional, serra da capivara, pé de Jesus e sepultura do diabo, pedra do castelo e muitos outros, de acordo com o “Piauí Visão Global”. 

            No Ceará estão grande pontos de importância fundamental ao turismo, na região nordestina, tal como o Parque Nacional de Ubajara, com suas lindas cachoeiras localizadas dentro Parque, como a Bica da Gameleira, que proporciona avistar outras três e o todo paredão da serra; a Bica do Gavião; a bica da Murimbeca, vistas da plataforma do teleférico.

A Gruta de Ubajara, que possui como significado "senhor da canoa", também está no Parque Nacional de Ubajara, locada a 3km do centro da cidade, onde alberga a famosa gruta, com 1.120m de extensão, onde o turista pode contemplar diversas formações rochosas, com estalagmite e estalactites.

Ainda como pólo turístico de grande importância para o ceará são os açudes de Oróz, Castanhal, e alguns outros que servem, em primeiro lugar para apreciar, e em segundo para piqueniques e passeios pela extensão dos açudes, quando cheios.

            Na cidade de Barbalha, encontra-se uma estância hidromineral, com mais de 30 fontes de águas naturais, algumas formam piscinas naturais e de águas minerais, e hipotermais; além do mais a Floresta Nacional do Araripe constitui-se em um importante ecossistema da fauna regional, inclusive para espécies ameaçadas de extinção; e, alguns outros pontos fundamentais ao turismo local.

            A Prainha do Canto Verde é uma das comunidades do litoral do Ceará, onde o Eco-Turismo Comunitário é exemplo de como as comunidades do interior do estado podem atuar para cria as suas próprias condições de desenvolvimento local sustentável e participativo, daí a importância da cooperativa de turismo para uma implementação dos benefícios sociais comunitário.

            Além destes pontos turísticos que têm gerado desenvolvimento local no Ceará, existem outros de fundamental importância para o turismo, em suas diversas modalidades, que possa dinamizar melhor a economia do estado e criar processo de inserção social, que diminui a pobreza ou a miséria nesta extensão territorial.

            Já no Rio Grande do Norte o turismo também está presente com suas fontes de água mineral, o extenso cajueiro (o maior do mundo pelo livro dos recordes), e muitas outras fontes de turismo que beneficiam a capital e todo o interior do estado, proporcionando emprego, renda e toda uma multiplicação qualitativa dos setores econômicos e sociais da localidade.

            No Rio Grande do Norte está “O Morro do Careca” como um dos atrativos naturais da praia de Ponta Negra, na capital potiguar. O turismo estadual tem dado o seu contributo positivo para melhora ao emprego e renda na rede hoteleira, com um aumento na média de 50%, devido a campanhas publicitárias e eventos realizados na região.

Ao caracterizar o turismo no interior do estado, observa-se que isto compreenderá os municípios de Caicó, do Seridó, Carnaúba dos Dantas, Acari, Currais Novos, Parelhas e Cerro-Corá, que possui um trabalho principalmente nas áreas de ecoturismo, tais como: gastronomia, turismo religioso, cultural, esporte e aventura, e alguns outros de grande importância para o estado potiguar.

Os pontos fundamentais para o turismo no interior rio grande nortense são, em primeiro lugar a gastronomia regional de Caicó, depois o Açude Gargalheiras de Acari, ainda mais, as minas de Currais Novos e os sítios arqueológicos de Carnaúba dos Dantas, incorporando-se assim, o clima e a paisagem serrana de Cerro-Corá que são fantásticos, nestas localidades interioranas.

            O turismo em Acari brinda aos visitantes, ser a cidade mais limpa do país e abriga ainda um importante acervo religioso do século XVIII, com a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e o Museu Histórico da cidade, também conhecido como “Museu do Sertanejo” que foram tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1964.

            Além destes pontos, podem-se ser citadas a Matriz Nossa Senhora da Guia, a Capela Nossa Senhora de Lourdes, sobrados – Casario Urbano, casas de Fazenda (Pinturas, Talhado, Pendanga, Imburana, Ingá, Caiçarinha, Trincheiras), sítios arqueológicos (Poço do Artur I e II [Rio Acauã], Poço do Filipe; Xique-Xique), e treks ecológicos que são fundamentais para o Estado.

            Outros pontos importantes são: a prática de esportes de aventura como trekking, escalada em rocha e vôo livre; além disso, o açude Gargalheiras, um dos maiores do Nordeste, oferece excelentes condições para a observação da fauna utilizando-se canoas, ou outras formas de praticar o turismo.

            Da mesma forma que Acari, no Município de Carnaúba dos Dantas, se destacam seus mais de 80 sítios arqueológicos catalogados pelo departamento de arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco. Dentre esses, apresenta-se o sítio Xique-Xique I pela sua facilidade de acesso e proximidade com a cidade; e Casa Santa, segundo maior sítio arqueológico da América do Sul em pinturas rupestres.

            Ainda dentro do interior do estado potiguar, encontra-se o castelo do Zé do Monte, na serra do Tapuia; em seguida o “Museu do Sertanejo” que mostra muito da cultura nordestina, especificamente do Rio Grande do Norte, além do mais, neste interior existe uma gastronomia própria, com há alguns pratos típicos da culinária local com vistas ao belo açude Gargalheiras.

            Dentre muitos e muitos outros pontos turísticos no interior do estado, tem importância também o trekking até o sítio arqueológico de casa santa, ou a gruta dos andorinhões, sendo todos os dois de nível elevado o que exigirá um bom preparo físico dos participantes da caminhada até o local almejado.

            Em Alagoas o turismo está muito presente desde as suas belas praias, tais como: pajuçara e suas piscinas naturais, Ponta Verde e Jatiúca, os lagos Mundaú e Manguaba, às encantadoras belezas naturais do interior do estado.

            Além das praias outros pontos são importantes no processo turístico do estado, como a Catedral de N. S. dos Prazeres, com planta do arquiteto francês Auguste Montigny, que foi inaugurada em 1859, com a presença de D. Pedro II e sua esposa, dona Teresa Cristina.

            As Catedrais de Maceió são importantes; entretanto, entra no páreo o Museu de Arte Sacra Pierre Chalita, que contém acervo de imagens e quadros de arte sacra e profanas dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, de artistas brasileiros e internacionais, entre as quais estão “Nascimento de Vênus” de Guido Reni, “Ressurreição de Cristo” de Rafael Sanzio, uma “Madona” atribuída ao ateliê de Leonardo da Vince, e as pinturas creditadas a Tiziano e Caravaggio.

            Em Maceió, o turismo é feito também na Lagoa Mundaú; pois, vários saveiros fazem o passeio pela lagoa e navegam entre os canais formados por suas nove ilhas até a Barra Nova, onde a lagoa se encontra com o mar.

            Em Sergipe, seu litoral possui 173 km de extensão, oferece belas praias com dunas de areias brancas, lagoas e coqueirais; concentram-se no Sul do estado e entre as mais visitadas estão Caueira, Abais e Saco, região de Costas das Dunas.

            Pelo Norte, a partir de Aracaju, encontra-se a Costa dos Manguezais, roteiro é imperdível para os amantes do ecoturismo. Na área de Pirambu, as atrações são os mangues preservados e o projeto de preservação de tartarugas marinhas. Outra área interessante é o Pantanal de Pacatuba, com área de 40 km², uma grande diversidade de flora e fauna, como jacarés, macacos, capivaras e diferentes tipos de pássaros.

            No rio São Francisco, o turista encontra de tudo um pouco, histórias, belas paisagens, e até esportes radicais. Próximo à Hidrelétrica de Xingó, localizada em Canindé de São Francisco, a formação de canyons de até 50 metros de altura permite passeios de catamarã, visita a hidrelétrica e ainda explorar a história ao conhecer sítios arqueológicos, o Museu Arqueológico de Xingó e a gruta de Angico, local da morte de Lampião e Maria Bonita. Por meio de barco é possível conhecer as cidades ribeirinhas de Propriá, Neópolis, Santana de São Francisco, Pacatuba, Ilha das Flores e Brejo Grande.

            Não se pode esquecer o Centro Histórico de Aracaju, os casarões, os mercados Antônio Franco e Thales Ferraz, a Praça Fausto Cardoso, a mais antiga da capital, o Parque Teófilo Dantas, com sua feira de artesanato, o Palácio Olímpio Campos, o Centro de Turismo e Museu de Artesanato, a Ponte do Imperador, um ancoradouro construído em 1859, para desembarque do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Dona Teresa Cristina, quando visitaram Sergipe em 1860, a Igreja São Salvador construída em 1857, e a Catedral Metropolitana, com sua cúpula ornamentada com belíssimas pinturas do século XIX, oferecem ao turista uma visão completa de como Aracaju nasceu e progrediu.

            No que diz respeito às praias, são 30 km de orla. As praias da Coroa do Meio, Atalaia, Aruana, Robalo, Náufragos, Refúgio e Mosqueiro fazem esse conjunto litorâneo de extrema beleza onde, a pedida é tomar água de coco e degustar os petiscos feitos com frutos do mar. Nos bares e restaurantes rústicos da orla são servidas deliciosas moquecas de arraia e de cação, caldinhos variados, pastéis, peixes fritos, pirão de guaiamum e os tradicionais caranguejos.

            Ao ir para o interior do Estado existem outras praias igualmente belas. A Atalaia Nova, em Barra dos Coqueiros, as praias do Abaís e Saco em Estância, e Crasto em Santa Luzia do Itanhy, no sul de Sergipe. Na mesma região, a praia da Caueira, em Itaporanga d'Ajuda. No norte, a excêntrica praia de Pirambú, um lugarejo que, no passado foi uma colônia de pescadores, que ainda resistem e mantêm-se na região.

            Ainda no estado de Sergipe existem muitas outras grandiosidades importantíssimas, que devem ser catalogadas para o conhecimento do povo brasileiro, e que são fundamentais para o turismo, visto que alavanca (take off) o desenvolvimento do estado em interligação com todos os setores da economia local.

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Finalmente, o turismo em Pernambuco, faz parceria com o Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba, se você escolheu Porto de Galinhas, para passar as férias, certamente poderá precisar de um veículo para tornar mais cômodos e tranqüilos os seus momentos de lazer e visitas. Tem-se a opção de locação de veículos como também de passeios em outras modalidades de transportes. Todos os veículos com seguro, km livre e contada, veículos com e sem ar-condicionado.

Ao mesmo tempo, em Pernambuco, os trabalhos estão voltados para o pólo de artesanato de Recife, Olinda e Igaraçu, e para o pólo do Agreste, através do projeto “Produção Artesanal Associada ao Turismo” que envolve os municípios de Caruaru e Gravatá. Além dos objetos produzidos com cerâmica, madeira, pano e barro; assim como, são trabalhadas roupas, comidas típicas e cachaça. Os projetos em execução geram grandes benefícios e garante a inclusão social, o desenvolvimento sustentável das regiões envolvidas, e possibilita trabalho e renda para as populações menos favorecidas e munidas do talento para a produção artesanal.

 

Turismo na Paraíba

 

            A situação turística no estado da Paraíba também não é diferente, além das famosas praias do Litoral Norte e Litoral Sul, que chamam a atenção, existem em seu interior diversos pontos de grande importância para o turismo nacional, e que ainda não foram explorados, com grande potencial para uma melhora na economia local e, por conseguinte, no desenvolvimento local do entorno, via empowerment.

            Na extensão beira-mar da cidade de João Pessoa, o Farol proporciona uma grande vista das praias da Capital; do mesmo modo, a Ponta dos Seixas, que mostra as suas belezas naturais inconfundíveis, que em outras localidades, não existe em tamanha proporção e isto encanta a Paraíba e os paraibanos de todo o estado.

            Ainda no contorno da Capital, Areia Vermelha proporciona um estonteante espetáculo de cor e luz, banhada pelas águas mornas da Praia de Camboinha; um banco de areia, distante a 1 km da orla marítima, que se apresenta de acordo com a maré e encanta os turistas, ou quem presencia este fato, que gera emprego e renda para os envolvidos.

            A Capital paraibana possui uma história que ainda não foi contada eficientemente, como o caso do Convento, onde alberga a Igreja de São Francisco, do século XVI, que ofereceu resistência às forças holandesas em 1631 e o Parque arruda Câmara, com seu Jardim Zoológico, a conhecida “bica” e Áreas de lazer.

            Com uma grandiosidade turística, apresentam-se as Itacoatiaras de Ingá, que dista a 70 km da Capital e a 40 km da cidade de Campina Grande, uma grande pedra de 24m de largura por 3m de altura, em meio a blocos de gneiss, estrangulando um rio, tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 1944.

            Nas Itacoatiaras, Sítio Arqueológico, abrange uma área de aproximadamente 2 hectares, situadas na cidade de Ingá, que tem como atrativo turístico/cultural o Museu de História Natural, fundado em 1995, com inúmeras informações importantes de alguns animais extintos, e que habitaram na localidade (preguiça gigante, tatu gigante, mastodonte, toxodonte, etc.), explicado pelos vários fósseis encontrados em exposição no local, além de inscrições rupestres, atribuídas a fenícios e índios.

            Em Campina Grande, encontra-se o “Maior São João do Mundo”, que é estendido a 30 dias de muitas apresentações e diversões regionais, comidas típicas e amostras das coisas da cidade em termos de tecnologia e outras criatividades que a cidade oferece, quando neste período o desemprego diminui e a produção aumenta, devido ao seu aspecto turístico que a cidade oferece.

            A economia do município apresenta um certo grau de aquecimento, quando da “Nova Consciência” e muitos eventos religiosos (católicos e evangélicos) que acontecem em substituição ao carnaval, com grande sucesso na cidade, ao chamar a atenção de toda a circunvizinhança, até mesmo de outros estados do Nordeste e outras Regiões.

            Ao voltar ao derredor de João Pessoa, verifica-se que no município do Conde, cidade que fica a 40km da Capital, apresenta belas praias, como: Jacumã, Tabatinga, do Amor, Coqueirinho, entre outras, especificamente a de Tambaba, ao sediar um campo de nudismo, muito preferido pelos naturalistas do país inteiro, e até do exterior.

            No campo turístico, ainda se apresenta Patos, que dista a 301km de João Pessoa e lá está a Cruz da Menina, ambiente de peregrinação, bastante visitada por curiosos que desejam conhecer tal localidade; fato que aconteceu alguns anos atrás e que dizem acontecer milagres a quem a ela invoca, para suprir os desesperos de quem almeja ter seus problemas resolvidos.

            Ainda em Patos, além deste fato inusitado, com bastante visita a este local, o São João/São Pedro e a vaquejada, regulada pelo Projeto de Lei do Congresso Nacional, nº 249/1998, chamam a atenção de muitos, que querem participar de uma festa diferente, quando os filhos da terra que emigraram, e já com condições financeiras boas, voltam para deliciarem a gastronomia do local, e relembrar os velhos tempos de infância no rincão querido (princípio de identidade).

            Sem embargo, a cidade de Sousa, distante da Capital a 427km, encravada na Bacia do Rio do Peixe, no semiárido do sertão, abriga o Vale dos Dinossauros, com as pegadas de animais pré-históricos, com 130 milhões de anos, e possui um Centro de Atendimento ao Turista, com infraestrutura básica de serviços essenciais.

            O Vale dos Dinossauros compreende uma extensão de mais de 700, com cerca de 30 localidades de grande importância, em que se registra pegadas fossilizadas de cerca de 80 espécies, em aproximadamente 20 níveis de taxonomias, quando as pegadas variam de 5cm, como as de um dinossauro não maior do que um galináceo, até 40cm de comprimento, como as pegadas de iguanodonte de 4 toneladas, 5m de envergadura e 3m de altura.

            Ainda nesta extensão turística, o Vale dos Dinossauros ocupa uma área de 40 hectares, e conta com um pequeno museu onde se vêem réplicas de pegadas, mapas e maquetes que mostram a formação do solo; pois, lá está no leito do rio das Pedras, onde podem ser vistas as trilhas deixadas por tiranossauros rex, arnossauros, pterodáctilo e iguanodontes.

            Como ponto turístico, pode-se citar o Açude de São Gonçalo, com grande importância econômica para o entorno municipal, devido ao projeto perímetro irrigado para frutas e verduras; assim como, o visual contrastante com o clima semiárido da microrregião, além do mais, para os religiosos, sugere-se uma visita a uma Gruta existente no local.

            Na cidade de Araruna, do mesmo que outras, possui seus pontos turísticos importantes, tais como: o Parque Estadual da Pedra da Boca, a mata do Gemedouro, o açude do Calabouço e aí se agrega uma reserva de 156 hectares de belíssimo patrimônio geológico, repleto de cavernas, rochas com agarras naturais, as mais diferentes formações rochosas, ideais para esportes de aventura.

            A localidade é formada por várias serras de pura rocha que escondem dezenas de cavernas e grutas, muitas ainda inexploradas, algumas com pinturas rupestres, quando o entorno foi ocupado, primitivamente, por várias tribos indígenas, da importante nação Tapuia, hoje frequentado pelos alpinistas de todo o país.

            No que diz respeito à vegetação é predominantemente composta por árvores baixas, entrecortada por mangueiras, coqueiros, palmeiras, juazeiros, que insistem em manter o verde, mesmo em épocas sem chuva. Por outro lado, possui uma grande quantidade de pontos propícios à abertura de trilhas; pois, pode-se encontrar desde rampas pouco inclinadas, à negativa e tetos, com direito a fissuras e chaminés, e até mesmo grutas no meio da rocha.

            Uma localidade turística importante é a cidade de Cabaceiras, a 194km da Capital, bastante conhecida como a Roliúde do Nordeste brasileiro, onde os jardins de cactos e bromélias, típicos da caatinga, escondem inúmeros vestígios de povos indígenas e animais gigantescos, que habitavam nestas paragens, a milênios, com seu encantamento místico, ainda não investigado.

            A Festa do Bode Rei é muito importante para o entorno, visto que a cultura do bode, ou capinocultura estava em extinção em todo o Nordeste, especificamente no interior paraibano; no entanto, este evento fez com que o bode tivesse a sua participação efetiva na economia e nos movimentos sociais da cidade.

            A divisão da festa se dá em quatro partes principais, quais sejam: o Parque do Bode Rei, local onde é realizada a expofeira de animais, produtos e serviços da caprinovinocultura, com desfile e exposição de animais; Arraial do Bode Rei, destinado a exposição do artesanato; Praça de Alimentação; e, amostra de bens culturais com companhias de danças, quadrilhas, forró pé-de-serra, bumba-meu-boi e shows e as apresentações musicais sofisticadas.

            Um outro ponto turístico local é o lajedo Pai Mateus, que congrega nos finais de semana ônibus e mais ônibus para fazer uma visita a esta localidade, visto que os aspectos místicos estão sempre presentes no povo brasileiro; daí, observa-se o farto número de pessoas que desembarcam nesta cidade.

            Para proporcionar suporte ao ponto turístico surgiu o Hotel Fazenda, com localização privilegiada e exclusiva em Cabaceiras, onde predomina a deslumbrante e exótica paisagem da caatinga nordestina, com seus jardins de cactus e bromélias; bem como a beleza cênica sem igual, em suas variadas formações rochosas.

     O encanto dos seus ambientes românticos, com confortáveis acomodações; a gastronomia regional combina tradição, bom gosto e alta qualidade, e a hospitalidade tradicional do caririense, aliada à experiência qualifica o hotel como opção ideal, para quem viajar a lazer.

            A cidade de Taperoá, a 222Km da Capital, possui uma tradição em artesanato feito em diversas modalidades comerciais, tais como: em madeira, catemba de coco, pano, barro e algumas outras formas de retratar o imaginário de um povo, que participa de uma comunidade ativa.

            Segundo escritos sobre a localidade, na Serra do Pico, a 12km de Taperoá (Batalhão), existe um cajueiro de 45m de altura. A Prefeitura espera a visita dos avaliadores do Guiness Book, para ver se caracteriza o mais alto cajueiro do mundo, que deve ser tornado um ponto turístico de fundamental importância para o município.

            Ainda no município de Taperoá existe um açude que serve para pescarias, para os habitantes do local, assim como para visitantes que aparecem em busca de lazer em forma de piqueniques, ou outras modalidades que proporcione ao turista, maneiras de se apascentar em momento de folga.

            Já em Monteiro a 303km da Capital existem pontos de prática de rappel, caminhadas, motocross, vaquejadas, e algumas outras formas de atrair o turista para essa localidade, tendo em vista as encantadoras belezas naturais, que estão postas na microrregião caririseira.

            Além disso, as rendeiras de forma geral e aquela do tipo renascença desta cidade tentam criar um mercado para o seu produto, que é de excelente qualidade com aprovação no interior do país, até mesmo no exterior, cuja demanda comprova tal fato.

            Em Boqueirão, a 174km de João Pessoa, cidade próxima a Campina Grande (45,1Km), está o açude Epitácio Pessoa, que comporta condições a que se pratique pedalinhos, pesca controlada e os famosos piqueniques no balde do açude.

            A cidade de São João do Cariri dista da Capital a 208km; é uma das mais velhas do estado paraibano, data de 1575, em uma sesmaria de grande extensão de terra, para o trabalho com a pecuária e pequena produção, para suprimento da sede, especificamente a sobrevivência de sua população.

            Em todas estas cidades o turismo não é bastante significante, mas é potencialmente promissor, tendo em vista que nos finais de semana acorrem famílias das cidades vizinhas para participarem das festividades do local, como forma de lazer, e alguns outros vão de encontro a esportes radicais ou não, para o seu divertimento pessoal ou familiar.

            Inegavelmente, não existe uma infraestrutura para turismo de primeiro mundo, porque são inventos e evento feitos pelas famílias locais ou vizinhas, que aos poucos aparecem visitantes de lugares mais distantes, e que precisam de divulgação e propaganda para que se criem infraestruturas para turistas mais exigentes.

            Todos estes exemplos de turismo no interior nordestino e paraibano, especificamente no Cariri Paraibano podem se transformar em fonte de renda e emprego para a população que vive em seu entorno; pois, além dos envolvidos diretamente, há aqueles que indiretamente estão ligados neste processo de forma sistêmica, tais como: a agricultura, a indústria artesanal, o comércio, os serviços, o setor de infraestrutura e alguns outros que impulsionam o desenvolvimento local de forma participativa.

            Portanto, mais exemplos de culturas, de idiossincrasia, de história e de todo um saber local estão postos a que se possam dinamizá-los para ser vivenciados, apreciados e divulgados para que o local se vitalize com o intuito de inserir a população e os recursos naturais do entorno, no cenário turístico nacional e consiga os benefícios necessários para a recuperação, preservação e manutenção de todo um habitat que foi destruído com o tempo, devido a falta de planejamento e conscientização para que se consiga um crescimento sustentável.

                   

Construção do desenvolvimento local

 

Com respeito ao turismo eco-cultural, o objetivo é usar os recursos naturais, com sua devida valorização e a sua inserção no sistema econômico como participantes da produção para gerar tanto ganhos diretos como indiretos para a sociedade, visto pelo prisma da formação de “efeito demonstração” ou externalidades, ou spillovers, que entram na cadeia de relacionamentos econômicos para suprimento das necessidades humanas, tanto as do presente como as do futuro, incorporadas à economia dentro do princípio da preservação e conservação dos bens naturais (Durston e Miranda, 2002).

Para o processo de promoção de inserção dos recursos naturais, deve-se ter em mente que poucos são renováveis; pois, alguns expiram no curto ou curtíssimo prazo; outros, a médio e/ou longo prazo, tal como comenta Moreno (2002, 05); assim,

Os recursos naturais não-renováveis são aqueles cuja taxa de renovação é excepcionalmente lenta ou nula e seu uso e transformação reduz constantemente suas reservas, são também referidos como recursos de reserva dado que não aumentam significativamente, o abastecimento, com o tempo, mesmo que se possa aumentar o conhecimento do mesmo, como ocorre com o petróleo ou o ferro. Cada ritmo de uso presente pode diminuir devido o possível ritmo futuro. Ainda que o esgotamento de um recurso particular em uma zona determinada possa causar sérios problemas, em geral o aparecimento de substitutos e o descobrimento de novas reservas têm compensado de sobra estas diminuições[3].

Com o descontrole da utilização de alguns tipos de recursos naturais, é que a humanidade está se conscientizando de sua preservação e conservação, pois eles se extinguem com o tempo, ao por em risco os habitantes da terra em um futuro próximo.

Este processo de envolvimento societal, ou inserção com valoração dos recursos naturais nas técnicas de desenvolvimento sustentável e participativo, é que direciona a que se possa utilizar o turismo ecocultural como um elo novo de união entre os recursos naturais disponíveis e as políticas públicas que promovam uma melhora no local, conseqüentemente um maior nível de bem-estar para a população envolvida neste processo de transformação das comunidades microrregionais (Almeida, Froehlich & Riedl, 2001).

Como se pode observar, na atualidade, os recursos naturais utilizados nas atividades econômicas e gerenciais, o mais comum é a terra para agricultura, pecuária e extração vegetal e mineral, pois a indústria já não utiliza tão fartamente as matérias primas da natureza, mas alguns substitutos próximos, devido ao nível de tecnologia já conseguido frente aos tempos modernos; e assim, a natureza deve ser recuperada, conservada e preservada dentro da filosofia de uma atividade mais ligada ao turismo eco-cultura para desenvolvimento local (Albavera, 2004).

Os recursos naturais possuem uma utilidade tangível e mutável no tempo. Seu valor intrínseco se determina pelas relações entre a oferta disponível e a demanda que surge dos processos tecnológicos e de organização do trabalho, necessários para a satisfação das necessidades humanas. Este valor se vê influenciado pelo grau de escassez relativa com respeito às exigências da transformação produtiva, porém, sem considerar os efeitos sobre o ambiente natural. Assim, o valor de uso dos recursos naturais depende do progresso técnico, na medida em que este influi decisivamente sobre a oferta; entretanto, o valor de troca resulta da disponibilidade e segurança de abastecimento e importância relativa dentro da transformação produtiva no local (Albavera, 2004).

Neste processo de valoração dos recursos naturais como fonte de turismo para desenvolvimento sustentável, Marim (2002, 04) analisa de forma objetiva em seu trabalho “Turismo e renda” que:

O entretenimento deverá ser, muito em breve, o setor da atividade humana que mais gera renda em qualquer país que o explore. E o turismo é, na economia do entretenimento, uma atividade econômica extremamente poderosa na expansão do emprego e renda e que exige adequada planificação tanto dos governantes como das empresas[4].

Facilmente se pode acrescentar que, o turismo não se restringe unicamente a entretenimento, mas também a pesquisas medicinais e arqueológicas em localidades desconhecidas e isto é muito importante para a economia e a sociedade do entorno.

Desta forma, Cassimiro Filho (2002) explica que a atividade de turismo é um dos segmentos econômicos que mais têm crescido no mundo. Segundo a World Tourism Organization – WTO (2.000), nos últimos anos, ele vem apresentando crescimento médio de 7% ao ano, enquanto setores como agricultura e indústria vêm tendo crescimentos médios anuais de 2,3% e 3%, respectivamente (World Bank, 2.001), isto reforça a necessidade de investimentos neste campo de ação, para a promoção do turismo eco-cultural para desenvolvimento sustentável local nas áreas propensas a esta nova atividade econômica.

Além do mais, expressa Cassimiro Filho (2003, 08) de forma sensata em suas observações que,

no que diz respeito ao turismo interno ou turismo localizado, não existem estimativas disponíveis para o ano de 1997; porém, para 1998, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, a receita gerada foi de R$ 13,2 bilhões. Ao se levar em conta o efeito multiplicador na geração de renda que o turismo mostra, o referido estudo indica uma renda indireta de R$ 31,9 bilhões, o que corresponde a 3,5% do PIB nacional[5] (Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur, 2000a).

Com estas informações, tem-se um grande campo para o crescimento e desenvolvimento local e sustentável, que só deve ser implementado frente à participação de todos de maneira consistente neste campo ainda por explorar.

Para Cassimiro Filho (2003, 18), em suas investigações, ele explica, mais uma vez, com objetividade e seriedade que,

outro ponto que merece ser destacado é a  vocação do segmento para a geração de empregos diretos e indiretos. Estima-se que 5,8 milhões de pessoas (7,83%) da população economicamente ativa estavam ocupadas no turismo em 1995 no Brasil, o que por si só já constitui efeito relevante em termos de política econômica, tendo em vista o desemprego existente no país[6].

Assim, pode se ter evidente que o turismo ecocultural é uma das fontes propulsoras do desenvolvimento sustentável local, que pode ser aplicado na dinâmica da economia do semiárido ou Caatinga, no Cariri Paraibano.

Uma implantação do turismo exige uma logística própria ou de infraestrutura, o que chega para a mente dos pesquisadores sobre a questão econômica e social, são os suportes básicos que todo movimento turístico deve ter para proporcionar aos transeuntes as condições necessárias para sua estada; porém, para o Cariri Paraibano os investimentos devem se processar para mais conforto e comodidade àqueles que demandam turismo como forma de trabalho e modo de vida, mesmo que hoje a sua infraestrutura não seja a mais apropriada, mas isto não bloqueia os turistas que acorrem a este recinto encantador (Tovar e Ferreira, 2006).

Ao pensar em infraestrutura para turismo especificamente, segundo Marim (2002, 05), observa-se de forma contundente que:

Os investimentos públicos em infraestrutura que o Brasil vem realizando objetivando valorizar e melhorar o potencial turístico existente estão relacionados à ampliação, reformas e construção de aeroportos, estradas, saneamento básico, urbanização da orla marítima, recuperação de patrimônio histórico, etc. De acordo com a Embratur, em decorrência dos investimentos públicos em infra-estrutura, mais de U$ 5 bilhões em novos projetos turísticos estão hoje em fase de implantação no País e criando 120 mil novos empregos diretos. Além do turismo externo, o Brasil apresenta, também, potencial interno[7].

Sem dúvida, este trabalho de logística é fundamental por conta de melhorar as condições a que são necessárias para a recepção de quem vem ampliar o local de existência dos nativos em termos de bem-estar econômico e social.

Daí, surge um mercado especial de turismo eco-cultural viável exige toda uma programação efetiva, por conta dos ofertadores e uma infraestrutura ou logística compatível para receber uma demanda favorável; para tanto, faz-se necessária uma diferenciação do produto turístico, em termos de apresentação, que possa conseguir os que buscam tal produto, especificamente os que devem estar disponibilizados para o cariri paraibano, sem comprometer a ecologia local, nem tão pouco, a história dos que participaram ou participam de tal construção (Mcconell & Bruce, 2001).

Uma melhor fluidez da oferta de uma determinada localidade, em busca de uma demanda pelos produtos locais de qualquer espécie, faz-se necessária uma organização dos movimentos locais para a criação de uma infraestrutura do local para que se consiga uma evacuação dos produtos que forem gerados internamente, tais como: estradas e rodagens, transportes adequados, bancos comerciais, correios e telégrafos e algumas outras formas mais de logística que faça girar o produto local aos diversos cantos do estado e da região (Rozas e Sánches, 2004).

Frente à disponibilidade dentro dessa microrregião subdesenvolvida ou pobre, fica patente que existe um mercado nacional para turismo ecocultural em franca ascensão, que incorporará um grande número de trabalhadores participantes ativamente para inserção dos recursos naturais de muitas regiões no país, sempre tendo como meta a preservação e conservação do acervo natural local; porém, deve-se incorporar o turismo na função de produção para que se faça circular a renda e gerar emprego para a população microrregional (Turégano, 2003).

Para Kindleberger (1976, 212), que trabalha com desenvolvimento econômico convencional; ao citar Adam Smith (1776), ele menciona que

Smith afirmava que a divisão de trabalho é limitada pela extensão do mercado e observa que a elasticidade do preço da procura em países subdesenvolvidos é baixa, concluindo que a única possibilidade é a de implantar eficientes indústrias de bens de consumo nos países subdesenvolvidos e estabelecendo um grande número de indústrias ao mesmo tempo[8].

Isto é verdade, pois, observa-se que a incorporação mais intensiva dos fatores de produção nos setores tradicionais, não proporcionará incrementos mais rápidos que o turismo microrregional para desenvolvimento de forma sistêmica, onde todos estão entrelaçados.

            Dentro dos mercados, um agente econômico importante é o empresário que dinamiza a produção de qualquer espécie e cria novas opções de inserção no processo de comercialização como coloca Kindleberger (1976, 166), pois

o crescimento dos mercados não somente treina o empresário, como também lhe facilita a tarefa. À medida que cresce o mercado de trabalho, não lhe é mais necessário submeter-se às exigências dos trabalhadores. O mesmo se aplica ao capital e aos bens intermediários. Além do mais, podem existir diferenças de elasticidades na procura e na oferta entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, que sejam apenas função do tamanho do mercado, enquanto determinado pelas redes de comunicação e de transporte[9].

Desta forma, a abertura de mercados novos na economia é fundamental para uma melhor viabilização dos produtos internos, especificamente o turismo, cujas elasticidades renda e preço indicam a exeqüibilidade para um desenvolvimento interno eficaz.

            As elasticidades renda e preço explicam a reação dos produtos que estão sendo comercializados dentro de uma comunidade qualquer, isto significa dizer que, em decorrência do nível de renda e dos preços relativos, uma mercadoria é negociada muito mais rapidamente do que outra, ou menos veloz que uma que não possa substituí-la dentro de uma estrutura de mercado, e isto direciona a que um bem possa ser incentivado para uma produção e comercialização eficiente dentro da economia, como o caso do turismo eco-cultural na microrregião (Holloway & Hancock, 1973).

As elasticidades rendam e preço servem também para o turismo, ao indicar o quantum de investimentos é necessário para a sua dinamização doméstica, pois, assim expressa Marim (2002, 03) que,

para continuar intensificando o turismo interno, o Brasil parece estar aprendendo o caminho: redução das tarifas aéreas, do preço das hospedagens e a comercialização competente de produtos turísticos criativos e diferenciados que tenham preços competitivos e qualidade de serviços. Assim, por ser o turismo uma das atividades econômicas que mais deve crescer nas próximas décadas, deve-se acreditar que o desenvolvimento do turismo brasileiro representa um elevado potencial econômico para a criação de empregos, renda e geração de divisas[10].

Assim, as disponibilidades de turismo interno brasileiro, como o paraibano, são incomensuráveis, necessitando somente intensificar os recursos monetários para um take off firme, cuja falta de recursos para investimentos ainda é muito grande.

Uma nova dinamização dos mercados produtivos, em termos da qualificação do produto; uma melhora tecnológica, no que respeita a nova implementação de capital físico; uma inserção de fatores de produção que ainda não conseguiram uma colocação no processo produtivo; e, uma incorporação de um novo mercado que é o de turismo, especificamente o eco-cultura, envolvendo a participação engajada, é que se consegue as variáveis necessárias para os pontos vulneráveis para a construção de um desenvolvimento sustentável local.

Como é do senso comum, a técnica de imitação ou cópia de produtos alheios, ou “efeito demonstração” é muito forte acessível nos países, ou regiões subdesenvolvidas ou pobres, onde os exemplos são patentes de mudanças advindas desta maneira de conseguir uma dinamização do local, simplesmente por receber os paradigmas (externalidades ou spillover effects) que escapam de outras localidades distantes ou não, para usufruto, sem ser feito qualquer pagamento por tais apropriações inventivas de outras plagas.

Para explicar melhor este processo conhecido como “efeito demonstração”, muito comum em populações de países ou de localidades de baixa renda que procuram uma imitação ou cópia em consumo e até mesmo em produção de nações desenvolvidas, como espelho; obviamente, sem tentar desenvolver suas próprias criatividades diferenciadas, primeiramente na produção; e, em segundo lugar, no consumo em seu próprio habitat com os devidos respeitos aos seusprio habitat respeitando o seuo em seu prs prva a que um bem possa ser incentivada sua produç 000000000000000000000000000000000 hábitos e costumes que fazem parte da longa história nativa de um povo (Duesemberry, 1976. In. Rughs Jr, 2004).

Para se ter mais um exemplo de efeitos externos que propiciam “efeito demonstração” na economia doméstica, ver-se em Paixão (2003, 03), em seu trabalho “A sociedade e a formação da sociedade de consumo em Minas” que:

A chegada da família real ao Rio de Janeiro é o fato marcante para consolidação do consumo conspícuo e para o denominado “efeito demonstração internacional” que é a emulação do padrão de consumo estrangeiro feita por sociedades com menor desenvolvimento econômico[11].

Este comentário explica que as pessoas possuem uma tendência natural à imitação, tanto de coisas pessoais, como modelos importantes de dinamização do local para desenvolvimento sustentável.

            Em um sistema econômico, as divulgações de mercadorias novas, de paradigmas novos de grandes centros indicam ações que auxiliam no processo de desenvolvimento sustentável interno, assim Moreno (2002, 07) explica que,

uma externalidade é definida como todo efeito externo causado por um indivíduo ou uma empresa usuária, não contabilizado, porém  afeta outros usuários do mesmo recurso. As externalidades são geralmente negativas e ocorrem quando existe um acesso livre à exploração de determinado recurso, sem que haja qualquer acordo de cooperação voluntária.. Podem-se identificar três tipos de externalidades: as de estoque, as de aglomeração e as de tecnologia. Existem outras derivadas da interdependência ecológica que a diferencia das anteriores que revestem de características positivas, isto é, a exploração de um recurso pode carrear benefícios a usuários simpáticos que interatuam com o primeiro em espaço e tempo[12].

Com esta visão, fica patente que o aparecimento de experiências externas exerce influências na localidade, pois, conseguir-se-á o desenvolvimento sustentável ao houver imitação eficiente sem a devida contra partida monetária.

Nesta seqüência, o turismo necessita de políticas públicas, para disseminarem efeitos externos, para o desenvolvimento sustentável local, porém, somente os efeitos positivos são interessantes, como explicita Tisdel (1978: 453), pois

os economistas como Pigou, propuseram que os governos tributassem atividades desse gênero (poluição, etc.), de maneira a ajustar os custos privado e social. Um orquidário poderia contribuir para a produção de um apiário próximo plantando árvores, uma dona de casa poderia contribuir para a satisfação de seus vizinhos mantendo um lindo jardim, ou um, indivíduo, ampliando o seu conhecimento, poderia tornar as descobertas de outros mais fáceis[13].

Essa caracterização explica que os efeitos externos podem advir de modelos de turismo que deram certo, em decorrência de spillover não controlado em outros lugares, que envolve uma simbiose nos setores: primário, secundário e terciário, induzindo a uma melhora sistêmica.

            Com isto, podem se implantar políticas públicas de tal maneira que promovam o desenvolvimento sustentável local com grande eficácia, pari passu com empowerment que têm grande importância para o progresso local, cuja técnica organizacional, propiciará ao homem economicamente ativo ou não, a sua auto-estima; e incentiva a que o pequeno trabalhador do campo ou da cidade, torne-se, em verdade, o grande responsável pela sua sobrevivência e dos companheiros que possuem sua cota participação na produção, na comercialização, e na qualidade de vida da comunidade que está envolvida neste processo (Guimarães, 2001; Rover e Seibel, 2000).

            Assim, essa técnica de gestão eficiente na atuação quanto ao turismo ecocultural para desenvolvimento sustentável é o processo de conscientização quanto à atuação em cooperativas de trabalho, ou de venda de mercadorias; ou de sindicatos rurais ou citadinos, descomprometidos com esquemas políticos partidários, cuja exigência maior é a cidadania que almeja integração, responsabilidade, participação engajada e respeito para com os companheiros atuantes e envolvidos com os ganhos de bem-estar para todos da redondeza, ao incorporar o capital social de forma efetiva (Miranda e Monzó, 2003).

Nesta mesma linha de raciocínio, os programas governamentais, pelo menos os de infraestrutura, que estão endereçados a uma melhora do local, possuem mais condições de alcançar a sua eficiência econômica, ou pelo menos uma situação de second best (Lancaster, 1972), ao considerar que as diferenças entre os seres humanos, e os tamanhos das fazendas envolvidas em tal processo, não proporcionam condições iguais para todos, cuja eficiência pragmática não alcança seus objetivos fundamentais na economia social microrregional (Oficina Regional para América Latina y el Caribe, 2000).

A aplicação de políticas sociais, para tornarem positivas as externalidades das concentrações produtivas é urgente, especificamente, nas áreas onde dizem respeito à economia mais imperfeita, como no caso de regiões subdesenvolvidas ou pobres, onde fica evidente que tais efeitos externos gerados no local, que são transferidos entre os diversos setores e agentes participativos, impulsionam um desenvolvimento no local de maneira desigual, não induzindo a um melhoramento nas condições de emprego e renda da população envolvida em tal processo (Awh, 1979).

Por isso, o pensamento teórico que está sendo estruturado neste trabalho, é uma construção para implantação de um modelo de desenvolvimento econômico schumpeteriano, com inserção dos recursos naturais, de maneira turística ecocultural, que deve ser implementado dentro das técnicas do capital social de Bourdieu e Coleman, para uma dinamização da maneira como se conseguir melhorar o bem-estar da população da microrregião caririseira, de forma participativa engajada, cuja sustentabilidade se conseguirá dentro de um prisma de envolvimento direto da mão-de-obra local.

            Finalmente, a tese que aqui se estrutura, é a de que se pode conseguir um desenvolvimento sustentável local no Cariri Paraibano, através de programas de orientação/divulgação ao processo de imitação ou cópia (“efeito demonstração”), para uma inserção eficiente dos recursos naturais, de forma um turismo eco-cultural, em uma atuação participativa engajada, com os devidos respeitos ao saber fazer (learning by doing ou savoir faire) local dos trabalhadores, sem desprezar os avanços tecnológicos que acontecem a todos os instantes, para uma melhora no grau de qualidade de vida da população dessa localidade.

 

Considerações finais

 

            O Brasil se desponta com um acervo turístico significante, isto tanto no que respeita ao campo, matas, florestas, rios, costumes locais, tradições, considerando festas, nas mais diversas modalidades praticadas pelos nativos de cada ambiente.

            Ao se reportar ao Nordeste, a riqueza turística aumenta consideravelmente, visto que cada esta concorre com os vizinhos na busca de fazer o melhor para atrair os visitantes, tanto do Sul, Sudeste, Sudoeste, como também do exterior para tal localidade.

            Já, especificamente, no que respeita à Paraíba, em si, o acervo turístico é muito mais forte, devido o folclore local ainda conserva as tradições com muito mais proeza e atuação, envolvendo a população local numa estrutura cada vez mais própria do Estado.

            Todos os anos milhares e milhares de pessoas acorrem ao Nordeste brasileiro para abrilhantar as comemorações próprias de uma localidade acolhedora e com paisagem turística para apresentar aos visitantes.

            Uma caminhada pelo Nordeste, passa-se por Pernambuco com as suas belíssimas praias, o monumentos históricos na Capital e no interior do Estado, muito mais beleza vai-se ver pela ótica turística, somente comercial, mas de prazer sentimental.

            Entretanto, no Rio Grande do Norte também se faz uma panorâmica romântica de grandes monumentos do passado e formosíssimas praias, como também casarões históricos e cultura população tradicional que o povo dessa localidade convive.

            No entanto, no Ceará se abrilhanta muito mais com alguns prédios explicando a passagens de europeus por esses recantos de conhecimento e beleza; histórias de homens famosas circulam no interior do Ceará, como Padin Cisso, Padre Ibiapina, Raquel de Queiroz e outros mais.

            Não se pode esquecer de Alagoas, com as praias de Maceió e vizinhanças, com também existem os monumentos na Capital e no interior, com os casaríos de tempos antigos que permanecem na história do nordestino.

            Ainda mais a Bahia de São Salvador, com seus diversos pontos turísticos, prontos para receber aqueles que apreciam a natureza e a beleza da cultura popular local, com o seu sincretismo religioso nos quatros canto do Estado, em sua grandiosidade natural dos apreciadores.

            Pois, ver-se a grandeza do Nordeste ao fotografar Sergipe, com o seu encanto dos prédios suntuosos e a cultura local de um povo que não nega a suja identidade ou empowerment que tanto a sociologia enaltece.

            No Estado do Piauí também se observa grandiosidade, nas organizações citadinas, na produção de frutas e legumes e da mesma forma nos prédios antigos que embelezam o interior e a capital, mesmo com o calor insuportável, mas a cultura de seu povo enaltece a vida.

            Como não poderia de lado, a beleza do interior do Maranhão, com suas matas seus rios e montanhas fotografando o magnetismo dos poetas e escritores que souberam enaltecer a cultura do local e o semblante europeu de uma bela capital.

            As cidades paraibanas também oferecem a sua estrutura turística a todos os transeuntes de tais localidade, disponibilizando a apreciação dos turistas, desde as pegadas da cidade de Sousa, às comemorações de São João e São Pedro, e muitas outras atrações ofertadas.

            O acervo é significativo e importante para o Estado da Paraíba, quando somente uma visita in loco garante a beleza dos pontos turísticos da localidade de Baía da Traição a Cajazeiras, presencia-se o quanto a Paraíba tem um potencial turístico importante para a sua apreciação.

 

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Paixão, Luiz André Ribeiro (2003). A Publicidade e a Formação da Sociedade em Minas: Notas sobre a Economia do Consumo. Internet, p. 03.

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Tisdel, Clem A. (1978). Microeconomia: a teoria da alocação econômica. São Paulo, ATLAS S/A.



[1] Doutor em Desenvolvimento, Sustentabilidade e Competitividade. Mestre em Economia Rural e Bacharel em Ciências Econômicas. Escritor. Palestrante. lg-sousa@hotmail.com

[2] BORQUEZ, Jaime. Piauí da Gema: Pedra opaca, opala brilha no caminho de Pedro 2º. Folha de São Paulo, 07/06/2007.

[3] los recursos naturales no renovables son aquellos cuya tasa de renovación es excepcionalmente lenta o nula y su uso y transformación reduce constantemente sus reservas, son también referidos como recursos de reserva dado que no aumentan significativamente, en suministro, con el tiempo, aunque sí pueden aumentar el conocimiento de los mismo, como ocurre con el petróleo o el hierro. Cada ritmo de uso presente puede mermar por lo tanto el posible ritmo futuro. Aunque el agotamiento de un recurso particular en una zona determinada pueda causar serios problemas, en general la aparición de sustitutos y el descubrimiento de nuevas reservas han compensado de sobra estas disminuciones.

[4] MARIM, Walter Chaves. Turismo e renda. Internet, 2002.

[5] FILHO, Francisco Cassimiro. Contribuições do Turismo à Economia Brasileira. São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, tese de doutoramento, julho de 2002, p. 01.

[6] FILHO, Francisco CAssimiro. Contribuições do Turismo à Economia Brasileira. São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, tese de doutoramento, julho de 2002, p. 01.

[7] MARIM, Walter Chaves. Turismo e renda. Internet. 2002.

[8] KINDLEBERGER, Charles Poor. Desenvolvimento Econômico. São Paulo, McGraw-Hill, p. 212. 1976.

[9] KINDLEBERGER, Charles Poor. Desenvolvimento Econômico. São Paulo, McGraw-Hill, p. 116. 1976.

[10] MARIM, Walter Chaves. Turismo e renda. Internet, 2002.

[11] Luiz André Ribeiro Paixão. A Publicidade e a Formação da Sociedade em Minas: Notas sobre a Economia do Consumo. Internet, p. 03. 2003.

[12] Una externalidad es definida como todo efecto externo causado por un individuo o una empresa usuario, no contabilizado, pero que sí afecta a otros usuarios del mismo recurso. Las externalidades son generalmente negativas y ocurren cuando existe un acceso libre a la explotación de determinado recurso, sin que medie ningún acuerdo de cooperación voluntaria. Se pueden identificar tres tipos de externalidades: las del inventario, las de aglomeración y las de la tecnología. Existen otras externalidades derivadas por la interdependencia ecológica que a diferencia de las anteriores revisten características positivas, esto es, la explotación de un recurso puede acarrear beneficios a usuarios simpáticos que interactúan con el primero en espacio y en tiempo.

[13] TISDEL, Clem A . Microeconomia: a teoria da alocação econômica. São Paulo, ATLAS S/A, 1978.