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Violência de gênero e turismo: análise do Ministério do Turismo na promoção da segurança das mulheres que viajam sozinhas

Sara Pinho Ribeiro

sara.pinho@aluno.ufop.edu.br

Kerley dos Santos Alves

kerley@ufop.edu.br

 

RESUMO

As mulheres enfrentam restrições ao ocuparem espaços públicos, e essa realidade é agravada em alguns países, incluindo o Brasil. Ao optarem por viajar sozinhas, elas estão cientes dos riscos e da vulnerabilidade que enfrentam, resultando em inseguranças e medos. O objetivo deste estudo foi identificar as ações e publicações do Ministério do Turismo do Brasil em relação à segurança de mulheres que viajam sozinhas no país. Com objetivos específicos de abordar conceitos como gênero e violência, contextualizando-os no cenário atual, e explorar a relação entre gênero, violência e turismo, destacando os desafios específicos enfrentados por mulheres viajantes. Através de uma abordagem exploratória, o estudo se baseou em pesquisa bibliográfica e netnografia. Os resultados revelaram que o Brasil ainda é um destino inseguro para mulheres viajantes, e há a necessidade de implementar mais ações para tornar o país um local seguro e acolhedor para elas. A promoção da igualdade de gênero, a conscientização sobre a violência contra mulheres e o fortalecimento de medidas de segurança são fundamentais para avançar nessa direção. Essa pesquisa evidencia a importância de se enfrentar os desafios da violência de gênero no contexto do turismo, buscando criar um ambiente mais seguro e inclusivo para todas as mulheres que desejam explorar o Brasil em suas viagens solo.

Palavras-chave: Gênero, Violência contra mulher, Turismo.

 

Gender violence and tourism: analysis of the Ministry of Tourism in promoting the safety of women traveling alone

ABSTRACT

Women face restrictions when occupying public spaces, and this reality is aggravated in some countries, including Brazil. By choosing to travel alone, they are aware of the risks and vulnerability they face, resulting in insecurities and fears. The objective of this study was to identify the actions and publications of the Ministry of Tourism of Brazil in relation to the safety of women traveling alone in the country. With specific objectives of addressing concepts such as gender and violence, contextualizing them in the current scenario, and exploring the relationship between gender, violence and tourism, highlighting the specific challenges faced by female travelers. Through an exploratory approach, the study was based on bibliographic research and netnography. The results revealed that Brazil is still an unsafe destination for women travelers, and there is a need to implement more actions to make the country a safe and welcoming place for them. Promoting gender equality, raising awareness of violence against women and strengthening security measures are key to moving in this direction. This research highlights the importance of facing the challenges of gender violence in the context of tourism, seeking to create a safer and more inclusive environment for all women who wish to explore Brazil on their solo trips.

Keywords: Gender, violence against women, tourism.

 

Violencia de género y turismo: análisis del Ministerio de Turismo en la promoción de la seguridad de las mujeres que viajan solas

RESUMEN

Las mujeres enfrentan restricciones a la hora de ocupar espacios públicos, y esta realidad se agrava en algunos países, incluido Brasil. Al elegir viajar solas, son conscientes de los riesgos y la vulnerabilidad a las que se enfrentan, lo que genera inseguridades y miedos. El objetivo de este estudio fue identificar las acciones y publicaciones del Ministerio de Turismo de Brasil en relación a la seguridad de las mujeres que viajan solas en el país, con objetivos específicos de abordar conceptos como género y violencia, contextualizándolos en el escenario actual, y explorar la relación entre género, violencia y turismo, destacando los desafíos específicos que enfrentan las mujeres viajeras. A través de un enfoque exploratorio, el estudio se basó en la investigación bibliográfica y netnografía. Los resultados revelaron que Brasil sigue siendo un destino inseguro para las mujeres viajeras, y existe la necesidad de implementar más acciones para hacer del país un lugar seguro y acogedor para ellas. Promover la igualdad de género, sensibilizar sobre la violencia contra las mujeres y reforzar las medidas de seguridad son claves para avanzar en esta dirección. Esta investigación destaca la importancia de enfrentar los desafíos de la violencia de género en el contexto del turismo, buscando crear un ambiente más seguro e inclusivo para todas las mujeres que desean explorar Brasil en sus viajes en solitario.

Palabras clave: Género, Violencia contra las mujeres, Turismo.

 

INTRODUÇÃO

            As mulheres têm se destacado como um novo perfil de viajantes, conquistando independência financeira e liberdade. No entanto, elas continuam sendo alvos fáceis devido à sua vulnerabilidade, sendo vítimas frequentes de violência física e psicológica. Essas experiências de violência geram medo e insegurança, afetando seu comportamento. Apesar das conquistas alcançadas, a desigualdade de gênero e o desrespeito ainda persistem (Reis, 2016).

De acordo com dados do Sinan, em 2017, cerca de 73 casos de estupros foram notificados por dia naquele ano em todo país, sendo 89% mulheres. Ainda no mesmo ano, cerca de 209.580 mulheres foram vítimas de violência física. E ainda leva-se em consideração que as mulheres negras são as principais vítimas (Senado Federal, 2023). Esses números alarmantes revelam a gravidade da violência de gênero no país.

No turismo casos como Sarai Sierra, uma mulher nova iorquina, estava visitando Istambul e foi morta por turco pelo simples fato de ter recusado o beijo forçado. Um caso chocante que pode acontecer com mulheres que viajam no exterior (Ignacio, 2020).

As mulheres na sociedade atual ainda possuem restrições sobre o direito de ir e vir e de ocupar certos espaços. Mas também se tem como conhecimento que as viagens proporcionam aprendizados, trocas culturais e cria autonomia. Diante disso, os países como um todo precisam enfrentar esses desafios e dar às mulheres a possibilidade de viajarem sozinhas sem se sentirem inseguras.

Diante desse contexto, surgem algumas inquietações: as mulheres sentem insegurança ao viajarem sozinhas? O Brasil é um país seguro para as mulheres viajarem sozinhas? Esses obstáculos acabam privando as mulheres de viajar? É fundamental investigar a relação entre mulheres e viagens solo para compreender a extensão da violência enfrentada por elas durante suas viagens.

O objetivo deste trabalho foi identificar as ações e publicações do Ministério do Turismo do Brasil em relação à segurança de mulheres que viajam sozinhas no país. A segurança e proteção de mulheres que viajam sozinhas no país, apresentando os conceitos fundamentais de gênero e violência e contextualizando-os no cenário atual. Além disso, explorar a relação entre gênero, violência e turismo, destacando os desafios específicos enfrentados por mulheres viajantes, a fim de fornecer recomendações para aprimorar a segurança de mulheres no contexto do turismo brasileiro, promovendo um ambiente mais acolhedor, inclusivo e livre de violência de gênero. Foi utilizado uma abordagem baseada em pesquisa bibliográfica e netnografia.

METODOLOGIA

            Foi realizada uma pesquisa bibliográfica abrangente para identificar estudos e teorias relevantes sobre a violência contra mulheres que viajam sozinhas. Inicialmente, foi realizada uma revisão bibliográfica e levantamento de referencial teórico, utilizando autores como Oliveira (2022), Reis (2016), Amorim (2011) e Nanjarí (2009), além de outras fontes, como sites de notícias. Além de utilizar a metodologia da netnografia para analisar relatos, testemunhos e discussões presentes em notícias, fóruns e redes sociais na internet, a fim de compreender as experiências e percepções das mulheres viajantes em relação à violência. Identificar padrões, tendências e principais tipos de violência relatados por mulheres que viajam sozinhas no Brasil.

 

GÊNERO E VIOLÊNCIA

            Entende-se por gênero como uma construção social que caracteriza o que é ser homem e ser mulher, como dito, essa representação do papel (homem ou mulher) é construída socialmente, ou seja, não depende das características biológicas e vai variar de sociedade para sociedade como no período temporal.

O gênero, como elemento constitutivo das relações sociais entre homens e mulheres, é uma construção social e histórica que define a masculinidade e a feminilidade e os padrões de comportamento, aceitáveis ou não, tanto para homens quanto para mulheres (Scott, 1989). Gênero serve, dessa forma, para determinar tudo que é social, cultural e historicamente definido. É mutável, pois está em constante processo de ressignificação devido às interações concretas entre indivíduos do sexo feminino e masculino (Amorim, 2011, p. 7).

            O gênero indefere das características do sexo biológico, entretanto ele usa essas características como referência. A definição dos papéis sociais do homem e o da mulher na sociedade são definidas indiferentes do seu corpo físico, e encontram-se na produção cultural de cada sociedade (Nanjarí, 2009).

As piores ameaças pessoais são dirigidas às mulheres, em nenhum país as mulheres são tratadas com igualdade. A insegurança persegue mulheres desde o seu nascimento, em seu ambiente familiar, escolar e até no trabalho. Da infância até a fase adulta as mulheres são abusadas por causa da diferença de gênero (Reis, 2016 p.36)

A violência de gênero é cultural e simbólica, é uma dominação, opressão e crueldade nas relações entre homens e mulheres. Atravessa classes sociais, raças, etnias e faixas etárias, além de ser praticada tanto por homens com mulheres quanto por mulheres e homens. Essa violência pode se dar pela oposição estabelecida socialmente entre masculino e feminino, em que os homens são vistos como pessoas de honras e força, um ser viril, e as mulheres como seres suaves, amáveis e passivas, que leva a crença de que um pode dominar o outro. Entretanto, não se pode engessar essa ideia de que homens são sempre os agressores e as mulheres vítimas, por mais que a grande maioria seja assim, há casos que se alteram os papéis.

A violência contra a mulher é uma forma explícita de mostrar para a sociedade padrões impregnados de machismo exacerbado de que quem ‘manda é o homem’. Isso gera inseguranças com tudo e todos, desde a roupa que usa para sair de casa até o próprio modo de agir (Reis, 2016 p.29).

Sabe-se que as mulheres de forma geral são as que mais sofrem pelas condições de inferioridade e discriminação feitas pelos homens. Muitas vezes o indivíduo do sexo feminino é hostilizada por exigir seus direitos de segurança, são culpadas por usarem roupas curtas, por estarem sozinhas, estarem bebendo ou até mesmo trabalhando, por andarem sozinhas de noite na rua, ou seja, são culpadas por serem mulheres. O pior é que a violência seja elas sexual, física ou psicológica acontecem recorrente em todo mundo (Reis, 2016).

O conceito de interseccionalidade de gênero é entendido como uma ligação dos marcadores sociais de uma minoria, ou seja, é considerar todas as outras características que a atravessam. Muitos indivíduos ou grupos, apenas por pertencerem a essas “categorias”, são submetidos a uma série de discriminações, preconceitos e opressões, como de classe, de gênero, de geração, de raça/etnia e de orientação sexual. Assim, dá para entender que em casos como mulheres negras de baixa renda são as maiores vítimas de violência na sociedade. O conceito de interseccionalidade se tornou indispensável para pensar o lugar dessas mulheres na sociedade, além de ser importante para combater a opressão sobre os oprimidos (Wolfe, 2014)

            O feminismo foi um movimento que auxiliou a construção do conceito de gênero. Na história houve três momentos do movimento feminista, o primeiro deles as mulheres lutou por garantir direitos iguais (direito ao sufrágio), no segundo buscaram transformações sociais criticando o patriarcado e no último foi marcado pela luta pelas questões sexuais, raça e da violência contra mulher. Esse movimento das lutas das mulheres transformou a sociedade. As mulheres no século XXI passaram a possuir mais liberdade e independência e com isso as viagens solos tornou-se possível e recorrente (Reis, 2016).

RESULTADOS: VIOLÊNCIA COM AS MULHERES NO BRASIL E O TURISMO

            No decorrer da história das viagens as mulheres não eram bem-vistas viajando sozinhas e até mesmo não podiam, tinham que ser acompanhadas pelos maridos ou algum homem “responsável”, aos poucos com a luta pelos seus direitos que elas conseguiram viajar sozinhas (Oliveira, 2022).

Elas passaram a se preocupar mais com o seu bem-estar e suas vontades, buscando o prazer e experiências únicas. É importante fazer com que as mulheres sintam que podem viajar sozinhas, pois nem sempre terá alguém disponível para viajar juntos e é essencial que elas saibam que não precisam de alguém para ter apoio em viagens, elas podem explorar o mundo e ter suas próprias experiências sozinhas. Viajar solo proporciona mais confiança, independência, experiências culturais e conhecimento acerca de si mesmo (Reis, 2016; Oliveira, 2022).

Em alguns lugares mulheres com perfil de viajantes não são bem-vistas, as mulheres são vulneráveis e alvos para possíveis crimes. Em vista disso, questões como segurança no turismo são essenciais para elas. Um destino com constantes notícias de violência gera imaginário ruim de potenciais riscos e medos que consequentemente restringe a visitação de turistas de conhecerem (Reis, 2016).

O Oriente Médio, por exemplo, tem uma imagem de extrema violência causada principalmente pelo terrorismo. A subordinação das mulheres em relação aos homens também é um fator prejudicial à imagem desses locais para a prática do turismo, principalmente para mulheres que viajam sozinhas ou em companhia de amigas (Reis, 2016 p.47).

Outra discussão acerca da temática refere-se às mulheres que viajam para o exterior, local de cultura diversa, possuem leis e costumes diferentes. Por exemplo, em algumas regiões, o uso de roupas curtas pode ser restritivo para as mulheres, e práticas como a mutilação genital são comuns em países situados principalmente no oeste, leste e nordeste da África, onde são consideradas tradições culturais. É crucial exercer cautela ao estabelecer relacionamentos pela internet com cidadãos de outros países, devido aos riscos associados, que incluem extorsões, golpes e até mesmo sequestros.

É possível encontrar dicas online para ajudar as mulheres que viajam sozinhas a minimizar os riscos durante uma viagem, sendo eles: procurar destinos seguros, conhecer o destino e seus riscos, procurar hospedagens seguras, comportar com confiança, sempre estar atenta, não ficar bêbada, não andar sozinha à noite, manter alguém de confiança sempre informada, não apresentar ser turista, usar anel de casamento falso, levar objetos que auxiliam em possíveis ataques e ter atenção com a vestimenta (Reis, 2016).

O Brasil, o 5º país mais violento para uma mulher, conta com a lei Maria da Penha para garantir seus direitos contra tipos de violência, principalmente a doméstica (Reis, 2016). Em 2019 o Brasil estava em 2º lugar na lista de 20 países mais perigosos para mulheres viajarem sozinhas (Bloom, 2019; Catraca Livre, 2023), outra notícia de 2022 mostrou que o país continua ocupando essa posição e ainda aponta que isso se deve por ser um local com alto nível de feminicídio (terceiro maior do mundo), ainda mostrou que apenas 28% das viajantes brasileiras se sentem seguras ao andarem sozinhas à noite (Souza, 2015). Em 2014 relatava que o Brasil é o principal destino do turismo sexual na América Latina.

Dados apontam que cerca de 70% das vítimas do tráfico de pessoas no mundo são meninas e mulheres e que o Brasil é o terceiro país em exploração sexual de mulheres, casos de exploração sexual no Brasil aumentam 20% durante o Carnaval (Otto, 2020). Quando se trata de política pública existem campanhas contra a violência contra a mulher que incluem turistas e migrantes, Rio + Seguro para Mulheres (ONU, 2022), uma cartilha que contém informações sobre como identificar os diferentes tipos de violência, fazer denúncias e buscar apoio. O Rio de Janeiro é o principal local para esse tipo de turismo, mas não o único, Fortaleza também é conhecida pela utilização de mulheres como atrativos. O turismo sexual ainda é um problema no país que precisa ser erradicado “levantamento mostra que mais de 3 mil sites vendem turismo sexual no Brasil” (Souza, 2015).

Fica ainda evidente que esse tipo de turismo é decorrente, ao notarmos falas como do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019), “quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade” (Diário Centro do Mundo, 2022), fala que aponta como ainda é recorrente e atual o machismo no Brasil e o uso das mulheres como atrativo no país. Algumas cidades soltaram campanhas contra a exploração das mulheres brasileiras.

Figura 1:  

Cartaz contra exploração das mulheres do estado de Alagoas

Fonte: Site Observatório G (2019).

 

Figura 2: 

Cartaz da OAB contra exploração das mulheres

Fonte: Revista Metrópoles (2019).

 

Verificou-se no portal do Ministério do Turismo notícias e ações dos anos de 2013 a 2023 (10 anos) buscando pela palavra-chave “mulher” na fonte de busca do site. A intenção foi mensurar o que o poder público está fazendo para auxiliar na segurança das mulheres dentro do contexto do turismo. Sendo assim, o quadro 1 descreve o ano da reportagem, discrimina se é uma ação ou apenas informações e por fim aponta uma breve análise sobre ela.

 

Quadro 1:

Quadro analítico das ações e notícias do MTur

Ano

Notícia/Ação

Análise

2015

 

Ação

O MTur verificou a viabilidade em construir um comitê de gênero dentro do Mtur para garantir ações e iniciativas em prol da igualdade de gênero.

2015

 

Notícia

Participação do Mtur na I Conferência sobre Questões de Gênero na Imigração Brasileira. O tráfico de pessoas e a exploração sexual foram palcos de debate.

2016

 

Notícia

Relato da psicóloga Luana Alves sobre sua experiência em viajar sozinha.

2016

 

Notícia

Relato da paulistana Kelly Carvalho acerca da sua experiência viajando sozinha. Algumas dicas dela para outras mulheres se referem a olhar a segurança e sempre pesquisar antes, mas nunca deixar de viajar.

2016

 

Notícia

Pesquisa feita pelo Mtur mostra a tendência e o aumento das mulheres que viajam sozinhas. Ainda aponta a necessidade de igualdade de gênero para garantir a segurança delas.  

2016

 

Notícia

Cresceu cerca de 22% a intenção das mulheres em viajarem sozinhas. O aumento fica perceptível pois, “17%  afirmaram que pretendem fazer as próximas viagens  sozinhas, número superior  ao verificado entre os homens, de 13,5%”.

2017

 

Notícia

Homenagem às mulheres no dia Internacional da Mulher.

2017

Notícia

A notícia apresentou dados relevantes de mulheres que desejam viajar solo, o mesmo com o seu desejo em viajar, além disso também foi apontado a necessidade de melhorias na segurança delas no turismo.

2017

 

Notícia

Levantamento de dados do perfil de mulheres que viajam sozinhas. Mostrou que as mulheres viajam mais sozinhas comparado aos homens. Sendo que 17,8% viajaram solos.

2017

 

Notícia

A notícia trata sobre três convidadas do programa “Falando em Turismo” no dia da mulher. Assuntos como violência contra as mulheres, preconceito no mercado de trabalho, qualificação no mercado de trabalho e viajando sozinha foram assuntos do programa.

2018

 

Notícia

Reportagem que mostra a importância e valorização das mulheres no dia da mulher, mostrando tanto daquelas que trabalham no setor turístico quanto às que realizam viagens sozinhas. Ao final da reportagem é apresentado o desafio da segurança das mulheres no turismo.

2021

 

 

Notícia

A reportagem tratou das vencedoras na competição global de startups da Organização Mundial do Turismo (OMT), a Sisterwave. A Startup conecta mulheres e ajuda elas a realizarem seu sonho de viajar sozinha ou com outras mulheres de forma segura.

2022

 

Notícia

Reportagem que apresentou a tendência das mulheres viajantes, na qual elas desejam destinos seguros e seguem a tendência do turismo, bem como lugares em meios a natureza são lugares desejados por elas. Foi também apresentado o interesse delas pelo caravanismo e ciclismo.

2023

 

Ação

Ação do MTur para criar uma rede de prevenção à exploração sexual no turismo. Criou-se o Código de conduta que serve para todos profissionais cadastrados no Cadastur e quem adere assume o compromisso de combater a exploração sexual contra crianças e adolescentes. Assim como promove informações e capacitações.

2023

 

Ação

Ação dentro do Código de Conduta. O Mtur junto com o IFB lançaram um curso de capacitação contra a exploração sexual. É majoritariamente voltada para adolescentes e crianças, mas o assunto envolve todas faixas etárias e principalmente para mulheres.

2023

 

Ação

O Mtur lançou uma campanha “O turismo respeita as mulheres” para mobilizar todas esferas  esclarecendo que esses atos são criminosos e nada se relacionam com o turismo. A campanha promove divulgação de vídeos nas redes sociais para ajudar as mulheres contra violência e misoginia

2023

 

Notícia

Apresenta mais dicas como comunidades tipo Sisterwave e influencers digitais femininas que compartilham conteúdos e incentiva outras mulheres a viajarem sozinhas. Além disso, o Mtur sugeriu destinos brasileiros para elas como Ilha da Magia (SC), Itacaré (BA) e outros. Ainda, na reportagem foi anunciado a campanha:  #OTurismorespeitaasmulheres.

Fonte: Desenvolvido pelas autoras (2023).

 

Durante a elaboração do quadro 1 foi possível perceber que parte das reportagens sobre mulheres foram feitas durante épocas de comemoração como o Dia da mulher em 08 de março. Além disso, muitas delas serviam como forma de influenciar e mostrar que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive no turismo. Contudo, também notou-se que diversas das notícias tratavam em algum ponto sobre a  violência de gênero e desigualdade entre homens e mulheres no turismo, bem  como na análise feita após a produção do quadro observou-se a  relevância do Mtur em trazer ações e iniciativas para combater a violência e assédio com mulheres, crianças e adolescentes dentro do turismo. Em suma, em 10 anos de reportagens no site e 17 delas, apenas 4 tiveram alguma ação do poder público e dentre elas foram campanhas e conscientização. Portanto há necessidade de outras iniciativas mais eficazes.  

Na pesquisa realizada por Reis (2016) onde a autora aplicou questionários em mulheres de diferentes países, identificou que, a mulher mesmo sem nenhum risco iminente se sentirá insegura e atenta nos locais. A mulher brasileira sente mais insegurança quando viajam sozinhas e menos inseguras quando estão acompanhadas de outras mulheres, além disso, comparado com mulheres europeias, elas não sentem insegurança da forma que as brasileiras sentem. Pode-se entender que o país origem, ou seja, o meio que vive influencia na percepção e no seu comportamento. Mas, ao mesmo tempo em que as europeias não sentem insegurança, elas sentem medo por saber da sua vulnerabilidade e dos riscos. Sendo assim, o medo passa a ser um fator restritivo para as mulheres que querem viajar.

            Quando se trata de mercado é notório que cresce cada vez mais empresas especializadas nesse público. As mulheres desejam viajar sozinhas por diversos motivos, de acordo com o Booking no ano de 2020, 39% das brasileiras apontaram que planejam viajar sozinhas no futuro. Já no ano de 2021, de acordo com o site Maxmilhas cerca de 19% dos bilhetes aéreos vendidos foram comprados por mulheres. Diante disso, abrem empresas especializadas para o público feminino, um exemplo é a SisterWave, plataforma online que acolhe mulheres viajantes e possibilita oferta de hospedagem gerando renda extra, busca de hospedagem, conhecer moradoras locais para conversar e até mesmo sair juntas.

O levantamento das notícias e ações do Ministério do Turismo do Brasil nos últimos 10 anos revela um esforço contínuo e considerável para abordar questões relacionadas à segurança de mulheres que viajam sozinhas no país. Dentre as iniciativas destacadas, em 2015, o Ministério considerou a criação de um comitê de gênero para promover a igualdade de gênero no turismo, e ao longo dos anos, foram realizadas campanhas e ações pontuais para sensibilizar sobre a segurança das mulheres em suas viagens. As notícias veiculadas abordaram temas pertinentes, como o aumento da tendência de mulheres viajando sozinhas e a necessidade de maior igualdade de gênero para garantir sua segurança. Em 2021, a iniciativa da startup Sisterwave também trouxe à tona a importância de conectar mulheres e proporcionar viagens seguras entre elas. No entanto, apesar dos esforços empreendidos, ainda são necessárias ações sistematizadas e contínuas para garantir a efetividade das medidas de segurança para mulheres viajantes. É fundamental que o Ministério do Turismo desenvolva políticas mais abrangentes e estratégias específicas, a fim de enfrentar os desafios enfrentados por mulheres no contexto do turismo. A criação de um plano de ação abrangente, que envolva capacitações para profissionais do setor, a divulgação de informações sobre segurança em destinos turísticos e o incentivo a parcerias com outras organizações e setores governamentais, pode contribuir para garantir uma experiência segura e acolhedora para todas as mulheres que escolhem viajar sozinhas pelo Brasil. Para enfrentar os desafios da violência de gênero e promover um ambiente mais seguro para as mulheres que viajam sozinhas, é necessário o envolvimento de diferentes atores:

 

                    Os governos desempenham um papel crucial na implementação de políticas de segurança e na aplicação da lei. É importante que as autoridades estejam comprometidas em combater a violência de gênero e em garantir a segurança das mulheres que viajam sozinhas. Isso pode incluir o aumento da presença policial em áreas turísticas, a criação de linhas diretas de emergência e o estabelecimento de protocolos de atendimento a vítimas de violência.

                    Empresas do setor turístico, como hotéis, agências de viagens e operadoras de turismo, têm a responsabilidade de garantir a segurança de seus clientes, incluindo as mulheres que viajam sozinhas. Isso pode envolver a implementação de medidas de segurança nos estabelecimentos, treinamento dos funcionários para lidar com situações de violência e o apoio a iniciativas que promovam o turismo seguro e inclusivo.

                    As ONGs desempenham um papel fundamental na conscientização, na defesa dos direitos das mulheres e na prestação de apoio às vítimas de violência. Elas podem oferecer serviços como linhas diretas de apoio, abrigos temporários e programas de capacitação para mulheres. Além disso, as ONGs desempenham um papel importante na educação da sociedade sobre a igualdade de gênero e na promoção de uma cultura de respeito e não violência.

                    A participação ativa da comunidade local é essencial para criar um ambiente seguro e acolhedor para as mulheres que viajam sozinhas. Iniciativas comunitárias, como grupos de apoio e redes de segurança, podem ajudar a prevenir a violência e fornecer suporte às viajantes. Além disso, a educação e a conscientização dentro da comunidade são fundamentais para mudar atitudes e comportamentos prejudiciais em relação às mulheres.

                    As mulheres que viajam sozinhas também desempenham um papel importante na sua própria segurança. É essencial que elas se informem sobre os destinos, estejam cientes dos riscos e adotem medidas de precaução. Isso inclui compartilhar itinerários com pessoas de confiança, manter-se atenta ao ambiente, confiar nos instintos e buscar apoio quando necessário.

Nesses termos, a importância da igualdade de gênero e da segurança das mulheres, a implementação de políticas específicas e o envolvimento de diversos atores, incluindo o poder público, empresas do setor turístico, ONGs e comunidades locais, são fundamentais para criar um ambiente mais seguro e acolhedor para as mulheres que escolhem viajar sozinhas. Além disso, as próprias mulheres viajantes têm um papel essencial em sua própria segurança, adotando medidas de precaução e buscando apoio quando necessário. Com esforços integrados e contínuos será possível promover uma experiência positiva e libertadora para as mulheres que desejam experienciar o turismo brasileiro sem o peso do medo e da insegurança.

 

CONCLUSÕES E DISCUSSÃO

Diante do exposto, foi possível perceber que mulheres que viajam sozinhas no Brasil, são ainda alvos fáceis de assédios e violência, além de possuírem medos e inseguranças ao realizarem uma viagem solo. O Brasil ainda é um país com cultura machista e por isso essas mulheres se sentem retraídas ao viajar sozinhas. Considera-se que o Brasil ainda precisa mudar muito para se tornar um país seguro para mulheres, questões como aumentar as campanhas contra violência contra as mulheres, tornar mais rígidas as leis de violência, ter pontos policiais específicos para mulheres, erradicar o Turismo Sexual, além de outras ações devem ser tomadas na tentativa de tornar um local mais seguro.

Pode verificar também que por mais que ainda existam inseguranças nas mulheres, elas estão tomando espaço e viajando, seja por independência, busca por autoconhecimento, liberdade, autonomia e troca de experiências. Entretanto, em questão mundial ainda o medo dessas mulheres serve como empecilho que acaba privando elas de viajarem.

Apesar dos esforços do Ministério do Turismo do Brasil em abordar a segurança de mulheres que viajam sozinhas, é importante destacar que algumas ações ainda podem ser consideradas frágeis e pontuais. Nota-se que muitas das iniciativas são mais evidentes em datas comemorativas, em que campanhas ou ações específicas são lançadas em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, por exemplo. Embora essas iniciativas tenham o mérito de chamar a atenção para a temática da segurança das mulheres, é fundamental que haja um compromisso contínuo e abrangente por parte do Ministério para lidar com essa questão ao longo de todo o ano. Focar exclusivamente em ações pontuais pode não ser suficiente para promover mudanças significativas e duradouras. É necessário que o Ministério do Turismo adote uma abordagem mais sistêmica e proativa, implementando políticas e estratégias que visem à segurança e bem-estar das mulheres viajantes de forma contínua. Campanhas educativas, capacitações para profissionais do setor, investimentos em infraestrutura e medidas de prevenção são algumas das ações que podem ser incorporadas em uma estratégia abrangente para garantir a segurança das mulheres que viajam sozinhas em todas as ocasiões.

Em conclusão, a violência de gênero é um desafio que afeta as mulheres que viajam sozinhas, tanto no Brasil como em outros países. Para enfrentar esse problema, é necessário um esforço conjunto de governos, setor turístico, ONGs, comunidade local e as próprias mulheres. Promover a conscientização, implementar medidas de segurança, fortalecer a sororidade e promover uma cultura de igualdade e respeito são passos fundamentais para tornar o turismo mais seguro e inclusivo para todas as mulheres.

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