Golpe ou farsa: observações sobre aspectos jurídicos e políticos da Insurreição Anarquista de 1918
DOI:
https://doi.org/10.51896/easc.v2i1.538Palavras-chave:
Anarquismo, movimento operário, sindicatos, greve, insurreição, revoluçãoResumo
A insurreição anarquista de 1918, no Rio de Janeiro, é consensualmente entendida na historiografia nacional como um movimento revolucionário. Esta premissa baseia-se nos jornais da época, que assim o classificaram, com base em informações da polícia. No entanto, aqui se questiona esta versão revolucionária, frente à reconstituição do contexto, bem como inciativas da Polícia do Distrito Federal e de militantes anarquistas à época. Este questionamento também se deve a uma leitura mais acurada de documentos referentes á investigação e do processo judicial que incidiram sobre militantes anarquistas acusados de tentar derrubar o regime. A revolução, que surgiria no contexto de uma greve operária, observada a partir de tais fontes, não foi uma possibilidade concreta.
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