De Malatesta a Standing e o controlo do tempo como gerador de uma nova classe precária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51896/easc.v3i2.1085

Palavras-chave:

Anarquismo, Errico Malatesta, pensamento crítico, produção, tempo, insegurança no trabalho, neoliberalismo, sociologia crítica

Resumo

Este artigo traça uma linha desde o anarquismo de Errico Malatesta até o conceito de precariado de Guy Standing, com o objetivo de examinar a evolução da exploração laboral. Fugindo da tradicional luta de classes entre o proletariado e a burguesia, procura-se compreender as condições atuais impostas pelo neoliberalismo, que se distanciam dessas lutas pelo controlo dos métodos de produção, mas tomam o tempo como uma forma fundamental de controlo do indivíduo e, consequentemente, de alguns processos de desenvolvimento produtivo. Assim, os trabalhos temporários, a falsa autonomia, sem segurança, sem serviços sociais, leva a uma falsa ideia de liberdade que limita os indivíduos a projetarem-se não além do «aqui e agora» como forma de sobrevivência sem qualquer tipo de projeção, limitando o seu desenvolvimento vital. Consequentemente, os meios de controlo já não têm a ver com os meios de produção, mas sim com o tempo. A gestão do tempo é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento do capitalismo dentro de um sistema neoliberal de produção, pelo que a visão antecipatória de Malatesta e a conceptualização de Standing são uma boa ferramenta para compreender a precarização através do tempo na contemporaneidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Anders, G. (2025). El tiempo del fin. Alma negra.

Arendt, H. (2012) Sobre la violencia. Alianza.

Argüello, S. (2019). Los efectos de la automatización sobre el trabajo. Desempleo tecnológico, polarización del mercado laboral y políticas públicas. Asesoría Técnica Parlamentaria. Biblioteca del Congreso Nacional de Chile. https://tinyurl.com/269kcgkg

Arrizabalo, X., Del Rosal, M. & Murillo, J. (2021). La inevitable perversión de los avances tecnológicos bajo el capitalismo: mayor productividad y mayor explotación laboral. Sociología y Tecnociencia, 11(Extra 2), 156-181. https://doi.org/10.24197/st.Extra_2.2021.156-181

Berretta, H. (1997). Tecnología-Trabajo y paz social. Revista INVI, 12(32), 14-18. https://doi.org/10.5354/0718-8358.1997.62072

Burton, S., & Bowman, B. (2022). The academic precariat: understanding life and labour in the neoliberal academy. British Journal of Sociology of Education, 43(4), 497-512. https://doi.org/10.1080/01425692.2022.2076387

Garteiz-Aurrecoa, J. D. (2013). Las cooperativas: Una alternativa económica y social frente a la crisis. Boletín de la Asociación Internacional de Derecho Cooperativo, 47, 257-264. https://doi.org/10.18543/baidc-47-2013pp257-264

Gerderloos, P. (2014). La anarquía funciona. Descontrol.

Gil, H. & Rendueles, C. (2019). Entre el victimismo meritocrático y la resignación. Dos percepciones antagónicas de la precariedad juvenil en España. Cuadernos de Relaciones Laborales, 37(1), 31-48. http://dx.doi.org/10.5209/CRLA.63818

Graeber, D. (2018). Trabajos de mierda. Editorial Ariel.

Graeber, D. (2024). The Ultimate Hidden Truth of the World… Allen Lane. https://tinyurl.com/28ujes4s

Han, B. C. (2024). La sociedad del cansancio. Herder.

Kinna, R. (2019). The Government of No One. The Theory and Practice of Anarchism. Penguin UK.

Malatesta, E. (2015). Nueva Humanidad. Escritos para la difusión del anarquismo. Antorcha.

Molesworth, M., Grigore, G., Patsiaouras, G. & Moufahim, M. (2024). Bullshit consumption: What lockdowns tell us about work-and-spend lives and care-full alternatives. Marketing Theory, 25(2), 221-239. https://doi.org/10.1177/14705931241230047

Olivero, J. (2021). Isaac Asimov frente al transhumanismo. Sur. Revista de Literatura, 17, 1-8. https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/8436127.pdf

Ricardo, D. (1959). Principios de economía política. Fondo de Cultura Económica.

Richards, V. (Comp.) (2007). Malatesta. Pensamiento y acción revolucionarios. Utopía Libertaria. https://elsudamericano.wordpress.com/wp-content/uploads/2017/09/malatesta-pensamiento-y-accion-revolucionaria.pdf

Román-Roy, N. (2005). Ciencia y tecnología en la obra de Julio Verne. Matematicalia. Revista digital de divulgación matemática, 1(4), 1-4. https://tinyurl.com/24eq9ymn

Schuhrke, J. (2024). Lights, Camera, Collective Action: Assessing the 2023 SAG-AFTRA Strike. New Labor Forum, 33(2), 56-64. https://doi.org/10.1177/10957960241245445

Singer, P. (1985). Democracia y desobediencia. Ariel.

Sirota, D. (June 8, 2006). “Mr. Obama Goes to Washington”. The Nation. https://www.thenation.com/article/archive/mr-obama-goes-washington/

Standing, G. (2014). Precariado. Una carta de derechos. Editorial Pasado y Presente. https://ia902306.us.archive.org/29/items/De_todo_un_poco/Precariado%20-%20Guy%20Standing.pdf

Turcato, D. (2025). Fear or Freedom? Errico Malatesta on Crime and Punishment. In David Gordon Scott and Emma Bell (Eds.), Envisioning Abolition (pp. 207-225). Bristol University Press. https://doi.org/10.51952/9781529234800.ch011

Vattimo, G. y Zabala, S. (2012). Comunismo hermenéutico. De Heidegger a Marx. Herder.

Publicado

2025-12-18

Como Citar

Cea, P. (2025). De Malatesta a Standing e o controlo do tempo como gerador de uma nova classe precária. Revista Internacional De Educación Y Análisis Social Crítico Mañé, Ferrer & Swartz, 3(2), 539–565. https://doi.org/10.51896/easc.v3i2.1085

Edição

Seção

Ensayos