Educação, exílio e ensino nos campos de refugiados saarauís

Resumo

A história do colonialismo -e da ocupação, em muitos locais, como a Palestina, por exemplo- continua a causar estragos nos dias de hoje: é o caso da população saarauí, cuja história abrange tanto o colonialismo como o exílio. Grande parte desta população vive em campos de refugiados em Tindouf, no sudoeste da Argélia, no meio do lugar mais inóspito do mundo. Este exílio obrigou a população saarauí a criar um estado de raiz com os seus respectivos ministérios. Em relação à educação, criou-se um sistema com uma certa base colonial, mas, sobretudo, que persiste graças ao compromisso da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) com a educação como ferramenta para a libertação da sua terra, uma terra rica em recursos naturais como o fosfato e outros minerais, que são roubados e explorados, como recursos naturais que são, pela colonização espanhola da época e, atualmente, pela ocupação marroquina. O sistema educativo saarauí está dividido principalmente em etapas de educação obrigatória e escolas de educação especial, juntamente com a formação profissional e de professores, incluindo a Universidade de Tifariti. A escassez de materiais e a falta de infraestruturas são bastante significativas, representando um desafio à manutenção do sistema educativo e à oferta de uma educação de qualidade, onde a feminização do ensino seja uma realidade, assim como o combate ao analfabetismo.